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“Piratas do Caribe: O Baú da Morte”, de Gore Verbinski.

Pirates Of The Caribbean 2Will Turner e Elizabeth Swann, no dia de seu casamento, são condenados à morte por terem auxiliado na fuga do pirata Jack Sparrow. O comodoro Cutler Beckett, responsável pela acusação, faz um acordo com Will, propondo a retirada de todas as acusações, caso o jovem lhe traga a bússola do Capitão Jack. Will aceita o trato, levando consigo um contrato de trabalho para a marinha mercante como oferta de barganha pela bússola. Porém, Jack está mais preocupado em salvar-se de cumprir o terrível acordo que fez com o lendário Davy Jones, capitão do lendário e temido navio “Flying Dutchman”. E, a essa altura, claro que Elizabeth já, partindo ao encontro de Will.
A sequência de um dos maiores êxitos do cinema americano nos últimos anos consegue ser tão divertida quanta a sua primeira parte, mantendo todos os predicados que fizeram seu sucesso. No campo das atuações, Johnny Depp está novamente impagável como o pirata Jack, Keira Knightley diverte como Elizabeth e Orlando Bloom não incomoda como Will – certamente sua atuação mais simpática até hoje. No que se refere aos aspectos técnicos, o filme prossegue impecável, com cenografia irretocável, efeitos especiais elaborados, maquiagem impressionante e fotografia que sustenta o clima de sobrenatural e fantasia até debaixo de sol escaldante. Quanto ao argumento, os roteiristas reservaram no novo longa uma enormidade de sequências de ação bem boladas que, certamente, irão satisfazer a platéia mais afeita ao cinema comercial. Contudo, é justamente no roteiro que residem os problemas deste longa-metragem. Primeiro, há de se admitir que esta sequência baseia-se em acontecimentos que assemelham-se muito aos do longa anterior, já que todos os eventos se desencadeiam pela maldição que aflige – mais uma vez – o pirata Jack e pela sua tentativa de barganahr para livrar-se desta ameaça. Segundo, o encadeamento das situações está por demais intrincado e, não raro, o expectador se pega tentando entender algum evento passado, ao mesmo tempo que tenta não perder-se naquilo que se desenrola na tela no momento. E mesmo com este esforço do público, um terceiro problema insiste em manter a confusão, já que há coisas que o filme não se dá ao trabalho de explicar mesmo – ao menos nesta segunda parte -, e perguntas como estas acabam persistindo: “Como ele foi parar nessa caixão?”; “Afinal de contas, esses dois mortos-vivos deveriam estar os ajudando?”; “Ops! Ele morreu, o que vão inventar agora?”; “Oooops! Esse aí não estava morto e acabado???”. É certo que o epílogo da trama pode se encarregar de responder algumas dessas questões, contudo, isso acaba problematizando o argumento, que acaba tendo que se virar em criar infindáveis rodeios para satisfazer as dúvidas – o que, a meu ver, acaba empobrecendo a trama e não convencendo o expectador mais exigente.
Assim sendo, o filme cumpre muito bem com o objetivo de entreter, enchendo os olhos com sequências empolgantes, mas peca por uma certa preguiça, bagunçamento e ansiedade argumentativa. Acaba funcionando mas, espera-se, mesmo que sem muita esperança, que a inevitável sequência da trama corrija ao menos alguns desses aspectos negativos do filme.

3 Comentários

  1. A seqüência é tão inevitável que já está até pronta!

  2. zoqh zoqh

    entre mutantes e kryptonianos, eis a maior bilheteria do ano (até o momento)! Filme otemoh vale pelo entretenimento mesmo, por ser um filme de familia o que favorece os lucros dos produtores…já que familia unida (akela renca de crianças com os pais ou o tio Santino :: num dia de sabado que deveria ser livre 😉 acabam assistindo uma, duas e até tres vezes. Otimo filme e dá-lhe keiraaaaa aos poucos ela esta cavando o lugar dela!

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