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“Paris, Je T’aime”, (direção coletiva). [download: filme]

Paris, Je T'aimeDezoito histórias de cinco minutos, cada uma ocorrendo em um canto diferente de Paris e não necessariamente relacionadas entre si, formam, em conjunto, o longa-metragem “Paris, Je T’aime”, idéia e conceito dos franceses Tristan Carné e Emmanuel Benbihy, respectivamente. A natureza deste longa-metragem torna impraticável uma homogeneidade em termos qualitativos, já que alguns dos curtas que o integram, se não são realmente ruins e equivocados, soam um tanto previsíveis: com “Porte de Choisy”, o diretor de fotografia Chistopher Doyle procura mimetizar o magnetistmo das estorias delirantes de Jean Pierre-Jeunet, mas seu sucesso não vai além da questão estética; Vincenzo Natali, igualmente capricha no visual de “Quartier de la Madeleine”, mas seu conto de humor-negro sobre um homem que encontra uma vampira parece um videoclipe teen; os diretores Joel e Ethan Coen fazem uma caricatura de seus próprios trabalhos com o segmento na estação de metrô de “Tuileries”, cujo artificialismo exagerado dos maneirismos visuais mais irritam do que divertem; Walter Salles e Daniela Thomas, por sua vez, também recorrem a essência dos seus maiores êxitos, mas ao invés de utilizar a paródia como tom, o fazem como quem apresenta um cartão de visitas, tornando a crítica social de ambientação (sub)urbana – que fez a fama da dupla – ecoar com certa obviedade. Por sorte, há mais segmentos bons do que ruins. Para alguns deles, o charme ficou por conta dos diretores e roteiristas utilizarem-se do elemento surpresa como atrativo: tanto o breve conto de amor entre uma jovem atriz e um estudante de línguas cego do distrito de “Faubourg Saint-Denis”, dirigida por Tom Tykwer, a estória escrita e dirigida por Alfonso Cuarón, que sustenta-se no diálogo dúbio entre um homem de meia-idade e uma jovem francesa em “Parc Monceau” e o flerte entre um jovem artista e um belo funcionário de uma casa de artigos para pintura de “Le Marais”, a cargo do diretor Gus Van Sant, escoram-se de modo compentente em um elemento chave que destrincha o entendimento do evento e que era responsável por, intencionalmente, causar confusão no espectador. Porém, os curtas mas simples, que contentam-se apenas em contar sua breve história, são os que conseguem melhor captar a idéia básica que deu vida à “Paris, Je T’aime”: o encontro acidental entre dois solitários parienses, em meio à seu cotidiano anestésico no trecho “Montmartre”, dirigido e co-estrelado por Bruno Podalydès; o rapaz que, em “Quais de Siene”, de Gurinder Chadha, encanta-se por uma simpática garota mulçumana, mesmo sutilmente receoso da óbvia diferença cultural; a delicada mistura de história de amor à primeira vista e crítica social, em “Place des Fêtes”, de Oliver Schmitz, emocionam pela maneira com que o amor é abordado pelo modo que seus personagens são tomados por ele. Mas é o último segmento do longa-metragem, o conto solitário “14th arrondissement”, dirigido por Alexander Payne, em que uma funcionária do correio americano narra sua estadia de uma semana em Paris, que o público testemunha a melhor, mais sincera e mais emocionante homenagem de amor à cidade luz. Não se engane pelo início algo ordinário do segmento – a história ganha emoção cada vez maior à medida que avança para o seu fim.
Ainda que, em alguns momentos, a única coisa que una as histórias seja apenas o seu cenário, o saldo final de “Paris, Je T’aime” é muito positivo: todos os diretores, cada um à seu modo, tentam expor a fascinação que o mundo tem pela capital francesa, que acaba realmente atraindo gente não muito diferente de grande parte dos personagens que povoam este filme. Alguns diretores, inevitavelmente, fracassaram, da mesma forma como muitos dos que buscam uma vida melhor em Paris também fracassam. Mas, aqui, ao menos, os êxitos brilham bem mais do que os insucessos.
Baixe o filme utilizando os links a seguir.

primeira parte:
http://d01.megashares.com/?d01=5d9b2af

segunda parte:
http://d01.megashares.com/?d01=3896cff

legenda (português):
http://legendas.tv/info.php?d=5b9e410ddbcc9aa937ce0d908067912c&c=1

6 Comentários

  1. Não é na outra página que você deve procurar o link para download, é na mesma onde você clica no botão “reactivate”. Seguindo mais abaixo na página, depois de ter clicado para reativar, olhe uma faixa azul grande. Ali vai ter um link bem grande, escrito “Click here to download”. Clique com o botão direito do mouse sobre o link, copie o endereço de download e cole na janela de download do flashget.

    A outra página que abre deve ser só uma página de publicidade mesmo.

    Espero que consiga agora 😀 !

  2. marcos marcos

    ola amigo
    obrigado pelas dicas, já baixei o flashget como tu recomendou
    mas continuo com dificuldades pois apois digitar o link http://d01.megashares.com/?d01=5d9b2af e entrar nesta página e digitar o codigo e clicar em “reactivate abre uma outra pagina e lá não encontro onde clicar com o botao direito como tu orientou no seguinte “Click here to download”
    ou devo abrir o flashget e lá colocar algum endereço?

    to me sentindo um analfabeto, hehehe
    abraço
    marcos

  3. Olá, Marcos

    Eu já comentei, em um outro texto anterior aqui do blog, como proceder para burlar as limitações do Megashares. Visite o texto abaixo do meu blog, sobre o filme “Half Nelson”, e procure instruções no final do texto para saber como baixar qualquer coisa de lá, ok?

    http://seteventos.org/2007/03/03/post_0406/

    Qualquer coisa é só publicar outro comentário ou enviar um e-mail.

  4. marcos marcos

    quero muito este filme…
    não consegui baixar, minha ignorancia não me permitiu descobrir como faço para baixar através do link fornecido, se puder ajudar
    obrigado

  5. ignore o comentário anterior. acabo de ler um post sobre como burlar a contagem. grato.

  6. eu tentei baixar o filme. mas o próprio megashares encerra o download quando o arquivo chega nos 205MB. como faço para baixar o arquivo por completo se ele tem quase 700MB?

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