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Ben Ricour – L’aventure. [download: mp3]

Ben Ricour - L'aventureBen Ricour, da chamada nova geração de cantores franceses, tem um carisma musical enorme: difícil não ficar com a melodia de um bom punhado das canções do seu álbum de estréia, L’aventure, tilintando carinhosamente na cabeça, ouvindo sua voz algo infantil e imaginando o que aqueles seus versos de amor, entoados em um francês delicioso, devem exatamente significar em português. Excetuando-se algumas faixas mais monótonas, Ricour conquista o ouvinte, sem muito esforço, já nas primeiras audições do seu pop/folk bem construído. A faixa que abre o disco, “Vivre À Même L’amour”, com seus violões e baixo lépidos, bateria de síncope rápida e saltitante e refrão seguro e certeiro, tem a tonalidade pop-grudenta de primeira de um gritante single. Algumas músicas depois e novamente os ouvidos são raptados pela melodia solar de “Je Me Réveille”, com violões e vocais doces e fulgurantes de esperança, sintetizações de cordas repletas de uma luz calma e aconchegante e bateria ligeira, mas gentil. Na faixa seguinte, “Le Risque”, Ben aposta em um dueto com uma voz feminina para ressaltar as letras sensuais, mesmo que os violões habilidosos, a bateria e percussão escandidas e a guitarra de acordes salpicados no trecho final deixem a melodia mais inequivocamente lúdica e faceira do que sensual. Logo em seguida somos apresentados a uma balada delicada, “Ami D’enfance”, onde o dedilhamento nas cordas do violão, os toques na bateria, os acordes no piano, a tonalidade da voz de Ricour, todos exibem uma soltura, leveza e suavidade aconchegante e carinhosa. “L’aventure”, a faixa seguinte, tem melodia encorpada por violões vistosos e maciços, que sobrepujam mesmo todo o instrumental restante – a guitarra eventual de acordes levemente rascantes e a bateria complementar e submissa à rítmica dos violões. E o disco fecha com a brincalhona “Pas Stressé”: além da tecitura aveludada do violão, da percussão, e dos acordes de harpa eventuais, o cantor brinca com seu vocal, produzindo um solfejo que lembra o ruído de mola dos cartoons que tanto assistiamos na infância.
As composições de Ben Ricour, por mais engraçado que possa parecer, guardam muita semelhança com as feições do próprio artista: sua música exibe aquele ar charmoso, inteligente e elegante que os franceses tão bem conseguem exprimir daquilo que tem a aparência mais convencional e comum. E bem sabemos que tanto são atraentes aquelas notas simples e tradicionais, nada surpreendentes, de uma canção bem feitinha quanto o pode ser aquele moço que mora no prédio ao lado, não?

rapidshare.com/files/366529570/ricour_-_aventure.zip

senha: seteventos.org

6 Comentários

  1. Olá querido, gostaria de baixar o Ben Ricour, não o conheço, mas estou atrás de música francesa para investigar…queria ouvir coisas leves…rsrsrs, e parabéns pelo blog, realmente, é uma questão de saúde pública…

    Beijo Grande!

    E.

    • Já reenviei o disco e consertei o link aqui no post – e como eu sei que é difícil encontrar algo do Ben Ricour, aproveitei e fiz upload do segundo disco dele, que nem tive oportunidade de resenhar ainda, e te enviei o link, ok?

  2. Caro Giovane:

    Não consegui entender se você é o dono do Blog ou se você só comentou no post sobre o Ben Ricour.
    Se você não for o dono do Blog, então, quando olhá-lo por aí, diga-lhe que este blog é uma jóia, no que toca às músicas. Parece que tem outras temáticas, mas de verdade ainda não pude explorar bem o potencial do mesmo.
    Agora, você tem como me mandar o link do outro álbum do Ben? Já escutei “amoureux amoureux” e fiquei encantado.

    Grato.

    • Sim, eu sou o “dono” do blog – não sei porque razão acho essa expresão estranha e raramente a uso, mas a verdade é simplesmente esta, se eu que fiz, eu sou o dono.
      Obrigado pelos elogios quanto aos meus posts sobre música. Nos de cinema também me esforço por resenhar filmes relevantes, embora eu não veja problema algum em aproveitar o que há de bom no cinema mais comercial e ultimamente não tenho tido tempo de assitir filmes – saudades da época em que podia ver trocentos filmes todo fim de semana. Há pouco também comecei a resenhar livros – até porque voltei a ler depois de um longo e tenebroso inverno sem fazê-lo -, mas minha leitura é vagarosa e portanto a produção de resenhas idem.
      Quanto ao Ben Ricour, segue por e-mail o Ton Image, mais um dos discos que consegui, que gosto e não consegui resenhar até hoje por conta da maldita falta de tempo.

      P.S.: vi uns cartazes de filmes franceses num post do seu blog e já fiz uma anotação mental instantânea para colocar alguns na fila.

  3. Oi, Leo.
    Que bom que gostou do Ben Ricour.
    Quanto ao Ton Image, não se dê ao trabalho de procurar: eu tenho ele, e acabo de enviar para o Rapidshare para você baixar. Enviei os detalhes por email!

  4. leo leo

    Me apaixonei por ele! Delicioso de ouvir, cada novo artista francês que conheço é uma grata surpresa, coisa séria.

    To atrás do último album agora ,”Ton Image”, mas não encontro para baixar. :/ Nem consegui comprar.

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