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Tag: yoann lemoine

Woodkid – I Love You (Quintet Version – Live Acoustic) [vídeo, download: mp3]

WOODKID - I Love You (Quintet Version)

Em uma das muitas entrevistas que concedeu recentemente devido o lançamento do seu debut The Golden Age, o talentoso artista francês Woodkid disse que seu disco de estréia não é um album pop, já que não há nas canções instrumentos comumente utulizados em composições do tipo, como guitarras, baixo e bateria, mas que qualquer destas músicas poderia muito bem ser convertida em algo do gênero em versões alternativas. E no dia de hoje, em uma participação na rádio France Inter, o cantor francês provou que está certo ao apresentar uma versão acústica de “I Love You” a qual utiliza-se apenas de piano e cordas – e apesar da simplicidade, devo dizer que esta versão, que conta com um andamento mais lento e melancólico, rivaliza em emoção com a original de estúdio.
Clique no link para fazer o download da canção em mp3.

http://www.mediafire.com/file/fq79j1tato4yrca/wood-i-love-you-live-acoustic-quintet-version.zip

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Woodkid – “I Love You” [video]

Woodkid - I Love You (Official Video)

E finalmente teve sua estréia o tão esperado terceiro (e provavelmente último) vídeo a ser liberado pelo músico, compositor e diretor francês Woodkid antes do lançamento de The Golden Age, seu álbum de estréia. Após uma brevíssima referência ao personagem do garoto que foi introduzido no vídeo de “Iron” e que protagonizou o vídeo de “Run, Boy, Run”, somos apresentados à um personagem também retratado em “Iron”, o homem jovem que parece ser um sacerdote cristão, que neste vídeo chega para realizar seu culto em uma capela de um vilarejo de camponeses russos. Ao mesmo tempo que ele toca o órgão da igreja para os seus fiéis, nos é apresentado este jovem como um outro personagem em uma jornada através de um imponente e vasto deserto gelado e rochoso até chegar ao litoral, onde acaba por atirar-se no fundo do oceano. Esta história paralela, na verdade, é também contada pelo jovem sacerdote aos seus fiéis, já que ele introduz em russo o conto para eles como sendo sobre um homem que morre duas vezes: ao perder seu amor e ao se afogar nas águas geladas do oceano.
Inevitavelmente bem encenado, impecavelmente fotografado e espetacularmente elaborado, este novo vídeo Inicialmente aparenta ser mais simples do que os dois lançados por Woodkid, mas à medida que o curta se desenvolve vai sendo revelado o destino do desesperado jovem e a história torna-se mais imponente e espetacular, sendo fechada com um final misterioso e intrigante. Enquanto “Iron” e “Run, Boy, Run” tinham temáticas mais juvenis e apoteóticas, o vídeo de “I Love You” é um trabalho mais maduro e emocionante, deixando claro que Woodkid pode ir muito além das belas aventuras juvenis e épicas pelas quais ficou inicialmente conhecido – e confesso: de todos até o momento, este é o meu vídeo preferido.

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Woodkid – The Golden Age (+ 3 faixas bônus) [download: mp3]

Desde seu despontar na internet, com o lançamento em 2011 do videoclipe e do single “Iron”, venho acompanhando com ansiedade a tão aguardada estréia de Woodkid, pseudônimo do diretor, artista gráfico, compositor e cantor francês Yoann Lemoine. Como já se percebia desde o surgimento do vídeo, o artista europeu não faria sua estréia de modo simples: além dos obrigatórios lançamentos em formato digital e CD de áudio e do lançamento em vinil para agradar os alternativos de plantão, Woodkid preparou uma edição especial primorosa na qual o CD figura como brinde de luxo de um livro que mistura memórias e ficção, escrito em conjunto com sua prima polonesa Katarzyna Jerzak, e que acompanha também ilustrações do elogiado ilustrador de graphic novels Jillian Tamaki. Contudo, pra não fugir à tradição dos lançamentos musicais na era pós-moderna, poucos dias antes do lançamento oficial o álbum em sua totalidade já começou a se alastrar pela internet. E finalmente Woodkid pode ser posto à prova nos ouvidos dos fãs que já tinha arrebanhado sem nem mesmo ter um álbum lançado.
The Golden Age é, como já se esperava, um trabalho grandioso de um estreante singular, que começou sua carreira por trás das câmeras, migrou para os palcos e arrebanhou fãs mesmo antes de seu lançamento oficial, assumidamente, em suas próprias palavras, um “músico frustrado que é diretor de vídeos”. Essa auto-avaliação tem um fundo de verdade: sua faceta de cantor realmente não tem a perfeição de um crooner, já que é difícil não notar a limitação de sua voz, que quase chega a titubear em alguns volteios, mas o artista conhece a si próprio e, inteligente, escolheu apresentar-se ao público com as faixas “Iron”, “Run, Boy, Run” e “I Love You”, músicas extremamente bem produzidas e arranjadas que se adaptam ao seu vocal e o encorpam simultaneamente. Isso se repete em outras faixas que permeiam o álbum, como a que o abre e lhe dá nome, que surge com harmonia reflexiva ao piano seguida de um turbilhão percussivo e orquestral que afoga os sentidos em uma epopéia sonora que só encontra paralelo em épicos do cinema de ficção científica e da fantasia, mas que lembra também melodias compostas por Björk nos últimos anos, em particular no disco Volta. A referência vem novamente à tona no compasso melódico de “Ghost Lights”, onde o órgão, os metais e a percussão soam taciturnos e amargurados. “Stabat Mater”, composta e produzida pelo amigo de Woodkid, o DJ e músico francês SebastiAn, não tem medo de soar redundante ao adicionar um coro de inspiração religiosa para acompanhar a percussão já retumbante e os metais e cordas em resplandecente psicose – uma melodia que soa como o hino de uma cruzada messiânica. “Conquest Of Spaces” promove a união da influência sacra presente no trabalho do francês com o seu apreço pelo cinema de ficção científica ao associar um órgão futurista à um sintetizador de sonoridade caleidoscópica. Fechando o disco, em “The Other Side” acordes de piano e sinos entoam um belo lamento, que partilhado pelo coro e pelos arranjos de metais e cordas, acaba por se submeter ao ritmo marcial da percussão – uma analogia melódica perfeita às letras da canção.
Apesar da apoteose cinematográfica ser uma constante, há momentos nos quais o artista francês procura outras experiências sonoras, como em duas músicas de atmosferas opostas, “The Great Escape” e “The Shore”: a primeira, que não deixa de lado a percussão frenética e incansável, é uma música mais despretensiosa e alegre, com arranjos orquestrais mais simples que se limitam a complementar a música, enquanto a segunda, conduzida por um piano aristocrático, vai ganhando colorações ainda mais formais e clássicas à medida que levantam-se metais e cordas que reforçam suas pretensões algo operísticas. Além disso, há também instantes mais introspectivos nos quais Woodkid consegue em grande parte dominar e balancear seu vocal, como em “Boat Song”, onde sintetizações que remetem à produção setentista de Brian Eno evitam, inutilmente, a tristeza compassiva dos trompetes e do piano, e também “Where I Live”, uma balada onde os floreios de metais concedem algum conforto à voz e ao piano que compartilham desmedida dose de doçura e pesar.
The Golden Age é um debut impetuoso e impecável que certamente vai ser rejeitado por muitos por beirar o excessivo e o megalômano, por querer ser incondicionalmente muito ou tudo ao mesmo tempo: romântico, épico, delicado, fascinante, sensível, apoteótico. No entanto, é inegavelmente uma obra emocionante, fruto da dedicação de um artista imbuído de uma sincera vontade de trazer à realidade seus sonhos e ideais mais caros, inspirado pela inocência e inconsequência da infância, a era dourada que ficou no passado e dá nome ao disco, e pela inevitabilidade da vida adulta, realidade que passamos a viver para o resto de nossa existência e que por vezes é fria e dura demais para poder ser tolerada. Portanto, por baixo de toda a esplendorosa grandiloquência, por baixo da pompa percussiva e da avalanche de arranjos orquestrais que arrebata muitos e irrita tantos outros, há situações e sentimentos tão verdadeiros e simples quanto a daquela banda indie que foi apontada como a mais nova sensação por aquele coletivo online ou blog hypadíssimo que adora posar de humilde e apontar o dedo para a “mídia oficial”, mas que, na verdade, é um veículo de comunicação tão super produzido quanto este último. O exato oposto de Woodkid, um artista que em momento algum finge ser o que não é.

O arquivo para download inclui 3 faixas bônus: a instrumentais “The Deer” e “The Golden Age” (Intro), e “The Golden Age” (feat. Max Richter ‘Embers’), a versão do vídeo da canção, de mais de 10 minutos, com várias inserções melódicas alternativas, que conta inclusive com a participação do compositor erudito alemão Max Richter.

http://www.mediafire.com/file/h6kpbu4hobvv57f/wood-age-3-bonus-tracks.zip

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Woodkid – “I Love You” (single)

E hoje foi liberada “I Love You”, mais uma faixa de The Golden Age, um dos discos mais esperados dos últimos meses pelos alternativos de plantão (me incluo aqui). Um projeto sendo gestado com todo o cuidado e sem pressa pelo francês Yoann Lemoine, mais conhecido pelo pseudônimo Woodkid, o ambiciosíssimo disco está sendo acompanhado de videoclipes esplendorosos e uma pré-turne cabulosa onde o artista está conquistando seu público sem nem mesmo ter lançado seu debut. É tudo um tanto pretensioso, mas nesse caso isso é feito com toda a propriedade, já que tudo o que o seu ouviu (e viu) até agora é de uma qualidade acachapante. “I Love You” prossegue mantendo o nível na estratosfera: com uma base percussiva forte, badalar apoteótico de sinos, órgãos e violinos dramáticos, Woodkid solta sua voz grave e macia para tornar completo e inevitável o transe sonoro.

Woodkid - I Love You

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Woodkid – “Run Boy Run” [vídeo + single] e “Iron” [vídeo + single]

Atendendo no seu projeto pessoal pelo pseudônimo Woodkid, o francês Yoann Lemoine está aplicando todo o aprendizado de um artista contemporâneo em sua relação com a mídia dos novos tempos: usando a internet como aliada, o cantor, compositor, diretor e artista visual europeu está lançando pouco a pouco músicas muitíssimo bem produzidas e clipes de cair o queixo por conta de seu requinte estético, o que gera todo um burburinho tanto nas redes sociais quanto na crítica especializada da web. Inteligente, o rapaz francês, que nem bem 30 anos tem, faz uso desta abordagem homeopática para incutir um sentimento de ansiedade e antecipação nos seus futuros e pretensos fãs, construindo assim uma reputação excelente sem nem mesmo ter lançado o seu álbum de estréia. Indiretamente conhecido no mundinho pop por ter dirigido clipes de algumas das figuras mais populares da atualidade (que não merecem menção) e no mundinho alternativo por trabalhar em clipes de Lana Del Rey e campanhas publicitárias bastante criativas, seu primeiro álbum, The Golde Age, está previsto para setembro deste ano, mas neste seu processo cuidadoso de construção de sua persona artística na web, duas das faixas já são conhecidas do público, tendo sendo lançadas como singles devidamente acompanhadas de clipes caprichadíssimos.

Woodkid- Iron EP

mediafire.com/?q819wc70dgbajac

senha: seteventos

“Iron”, o primeiro lançado, é introduzido por um arranjo de metais cuja tonalidade épica denuncia que as pretensões do artista não são poucas. O tema é repetido diversas vezes durante a melodia, que conta ainda com uma percussão que amplifica a atmosfera algo bélica e tribal da canção, cujo vocal grave de crooner do compositor laceia elegantemente. O vídeo reflete a sonoridade da canção: impecavelmente fotografado em preto e branco, completamente filmado dentro de um estúdio e quase completamente captado em câmera lentíssima, o curta apresenta figuras saídas de um mundo aparentemente medieval que se preparam para entrar em uma batalha quando são repentinamente surpreendidos por uma chuva de detritos fumegantes. Ao final do vídeo, de modo muito breve, surge a imagem do que parece ser um templo, pálido e frio em meio à um ambiente gelado e tempestuoso. Outras canções que fazem parte do single são “Brooklyn”, um ode plácida ao violão, piano e discretos trombones ao bairro nova-iorquino, “Baltimore’s Fireflies”, onde um piano de harmonia cíclica ao modo Philip Glass, um baixo que remete ao tema composto por Angelo Badalamenti para o clássico seriado cult Twin Peaks e mais algumas cintilações introduzem a base melódica acompanhada ao final por arranjo de metais e percussão em ritmo marcial para sonorizar a confissão de um homem que, aparentemente, acaba de abandonar o corpo do seu amor nas águas baía de Baltimore, e “Wasteland”, delicada faixa cujos versos tratam de um saudosimos indefinível e em cuja melodia temos um piano singelo sobre um arranjo de cordas e metais de sutil tecitura circense.

Woodkid - Iron (Official Video)

Woodkid - Run Boy Run - Remixes EP

mediafire.com/?j2zjl40qop5u9uv

senha: seteventos

“Run Boy Run”, o último single lançado pelo artista francês, tem melodia tão intensa e apoteótica quando a do primeiro lançamento: com percussão e arranjo de cordas e metais em perfeita comunhão, a canção é galgada em um crescendo espetacular até alçar vôo em um final arrebatador. O videoclipe não deve nada em qualidade ao anterior e recupera em seus instantes inicias a imagem do templo que fechou o vídeo de “Iron”. É dele que foge correndo o garoto que também participou brevemente do primeiro curta: alternando com cenas de uma cidade com edifícios de arquitetura imponente com fachadas em mármore, o garoto, em trajes aparentemente escolares, corre acompanhado por corvos e auxiliado por criaturas que erguem-se do chão e são uma mistura de gnus com o corpo encoberto elementos arbóreos. No fantástico epílogo, juntam-se uma imensa caravela e uma criatura gigante para contemplar a misteriosa cidade. As faixas que acompanham o single são remixes da canção, sendo que o melhor é o do também francês SebastiAn. Agora é esperar o futuro álbum do cantor e compositor, torcendo para que o artista frânces tanto reserve outra canções tão imponentes para o lançamento quanto dê continuidade à trama instigante iniciada em seus dois vídeos.

Woodkid - Run Boy Run (Official HD Video)

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