Takeshi Kitano compôs uma obra de visual deslumbrante: paisagens fantásticas, roupas interessantes, fotografia perfeita. As atuações também são competentes. Mas o filme não chega a animar. Na verdade fica bem na faixa do regular. Há dois problemas que fazem o filme pairar nesta avaliação. Primeiro, o longa não precisava ser tão longa-metragem assim. Com quase duas horas de duração, tudo poderia muito bem ter sido resolvido em cerca de 1 hora e meia. Não havia necessidade de tanto contemplacionismo. O roteiro das três estórias não necessita de tanto. Segundo, das três estórias, a única que realmente satisfaz é a do casal-mendigo. As duas outras não chegam a animar, talvez pelo fato de possuírem uma alma muito oriental, incompreensível para um ocidental, como eu. Talvez eu estivesse esperando mais do filme. Mas acho que não, o filme poderia ter sido mais eficiente, bastando, para tanto, um pouco mais de bom-senso.
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