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Sheryl Crow – The Globe Sessions. [download: mp3]

Sheryl Crow - The Globe SessionsDepois do sucesso atingido com o seu segundo disco, Sheryl deu prosseguimento às suas composições mais voltadas para uma sonoridade pop/rock com o álbum The Globe Sessions, fazendo da discreta tecitura country apenas uma mera citação, como na faixa “Members Only”, com violões, baixos, guitarras e vocal formando uma mesma massa sonora cheia de calor country-rock, orgão ocasional de toques gracejantes e bateria e percussão de cadência leve, que so inicia trotejante e logo acompanha a ritmo alegremente comedido do instrumental restante. Apesar do período de depressão de Sheryl, anterior a gravação do disco, estar refletido nas guitarras sobejantes e na sorumbática mas reluzente orquestração de cordas de coloração oriental de “Riverwide” e no clima quase improvisado das guitarras, órgãos e bateria sofridos, hora conformados, hora transbordando em sentimento em “Crash And Burn”, que fala sobre alguém que, mesmo sabendo que seria em vão, disse adeus à tudo e todos que conhecia na tentativa de esquecer um amor que não deu certo, não se pode exatamente dizer que este é um disco triste. “My Favorite Mistake” – em que Sheryl fala sobre um romance que viveu por alguém que, no fim, descobre que não a amava -, através do seu vocal ao mesmo tempo sutilmente triste e marcado de alegria saudosista e nas suas muitas guitarras, baixos e orgãos de acordes sensuais sobre uma bateria de intensidade suficiente apenas para dar ritmo aos instrumentos restantes, assim como “It Don’t Hurt” – que fala sobre alguém que tenta superar o fim de uma relação redecorando a casa e flertando com o primeiro desavisado que aparece na sua frente -, com o gingado animado de seus violões, guitarras e bateria e seu gaita entusiasmada, dão uma boa idéia desse álbum que fala sobre amarguras, tropeços e tristezas com uma sonoridade mais “pra cima”. Mas a surpresa fica mesmo por conta da faixa “There Goes The Neighborhood”, tanto pelo caráter sonoramente dançante que a percussão e a bateria dão à canção, bastante auxiliadas pelos metais borbulhantemente gritantes e por guitarras de enorme malemolência, quanto pela temática de suas letras, que pinta um painel das bizarrices underground e da marginália dos arredores do Globe Studios, onde Sheryl gravou este disco – e que, claro, acabou dando nome à ele. Pela dificuldade de definir e nomear a mistura de sons e sentimentos, ao mesmo tempo tristes e alegres, amargurados e exultantes, é que pode-se dizer que The Globe Sessions é o retrato do período em que a artista procurava uma saída em meio a uma crise pessoal, vivendo uma instabilidade de estados emotivos que refletiu-se inevitavelmente nas suas composições.

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JC Penney – “Magic” (dir. Nicolai Fuglsig). [download: vídeo + mp3]

JC Penney - MagicO prestigiado diretor Nicolai Fuglsig dá mais um show de inventividade na peça publicitária encomendada para a rede de lojas norte-americanas JC Penney: usando efeitos especiais e trucagens tradicionais, que nada de digital teriam, o diretor dinamarquês fez um clipe divertidíssimo, onde as coisas mais cotidianas ganham um toque fora do comum. A canção escolhida para servir de trilha, “Music Box”, da cantora e compositora Regina Spektor, é mais um sinal da apurada sensibilidade pop de Fuglsig, famoso por unir seus delírios visuais com a música ideal. Assista via este link do YouTube ou baixe o vídeo, com qualidade muito superior, usando este outro link. Se gostou da música, use o link abaixo para obtê-la.

Regina Spektor – “Music Box”:
http://www.badongo.com/file/5600201

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Goldfrapp – Seventh Tree. [download: mp3]

Goldfrapp - Seventh TreeDepois de dois álbuns que deitaram, rolaram e esquadrinharam tudo o que possa ser imaginado dentro dos domínios do electro-pop e glam, o duo britânico Goldfrapp fez o que seria mais sensato e mais natural no seu futuro novo disco, Seventh Tree: Alison e Will voltaram sua atenção ao passado, revisitando parte da fabulosa sonoridade esquecida do primeiro disco, Felt Mountain, tentando atualiza-la e fundi-la com toda a experiência recente dos dois últimos lançamentos, Black Cherry e Supernature. Assim, este quarto disco possui uma identidade híbrida, já que em algumas faixas, como “Clowns” – um folk com vocal ininteligível e violões e orquestração de cordas de um frescor campestre -, “Eat Yourself” – que igualmente se baseia em violão e cordas, o primeiro trajado em doçura e nostalgia, as últimas vestidas em elegância e placidez, além da inserção ocasional de esparsos acordes de guitarra e de apresentar vocais sutilmente amargurados – e “Cologne Cerrone Houdini” – cuja música é feita de baixo e bateria de toques espaçosos ao fundo enquanto cintilações da programação eletrônica saltitam aqui e ali e violinos curtos e agudos pontuam a melodia -, a dupla ocupa-se em emular a sonoridade por vezes obscura, em outras coruscante, do álbum de estréia, enquanto em outras – como se pode conferir claramente na música luminosa de “Caravan Girl”, com samplers de pratos resplandecentes, piano e baixo de toques galopantes, bateria de ritmo firme e sintetizações brilhantes e em “Happiness”, com bateria, baixo e sampler de sax em compasso conjunto e bem marcado, pinceladas de samplers e sintetizações frugais e vocais doces e macios – o vigor pop e eletrônico dos dois discos anteriores é retomado de modo bem menos selvagem e subto, com ambiência muito mais pop do que eletrônica. A única faixa do disco que soa estranha àquilo que os fãs do Goldfrapp já viram a dupla fazer até hoje é “A&E”, devido à sua melodia mais tradicional, onde violões, bateria, programação no teclado sutil e mesmo o vocal sensível trabalham de forma a construir uma música que surpreende pela sua linearidade, de um pop simples e direto como dificilmente pensaríamos Goldfrapp se dar ao prazer de fazer um dia – pense em algo como Dido e você vai entender mais ou menos o que eu quero dizer.
Seventh Tree funciona muito bem, seja como um disco que suaviza os contornos da parafernália sexy e explosiva de Black Cherry e Supernature, seja como uma tentativa de tornar mais comercial a fabulosa idiossincrasia sonora obscura de Felt Mountain – é um mergulho da dupla em oceanos mais tranquilos, menos quentes do que recentemente foi feito, menos profundo e introspectivo do que antes fora.

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P.S: Agradeço ao pelo toque!

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“Tir Nan Og”, de Fursy Teyssier. [download: vídeo]

Tir Nan OgO curta-metragem “Tir Nan Og” faz, de modo poético e extramente emocionante, uma metáfora sobre a morte e o adeus aqueles que amamos. O filme, com visual arrojado que faz uma mistura primorosa de animação tradicional e digital, foi o trabalho de conclusão dos estudos do diretor francês Fursy Teyssier, e demonstra que o seu enorme talento poderia ser aproveitado em aventuras ainda mais ambiciosas. A trilha sonora merece destaque à parte: a canção utilizada com trilha do filme é a espetacularmente bela e delicada de “The Slow Wait”, da dupla de música experimental americana The American Dollar. Infelizmente, não consegui encontrá-la disponível em mp3. Mas fica aqui o filme, via este link do YouTube ou neste outro ainda, para download em qualidade de imagem maior.

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“Contraponto”, de Terry Gilliam. [download: filme]

TidelandJeliza-Rose é uma garotinha tão estranha que, sem o menor pudor, auxilio o seu pai no consumo de drogas. Tão logo sua mãe, igualmente viciada, morre por conta de uma overdose, ela acompanha seu pai na viajem à “Jutilândia”, tão prometida por ele diversas vezes, tendo como primeira parada a casa abandonada de seu avó, jogada em meio à uma paisagem vasta e rústica que alimenta ainda mais a já fantasiosa mente de Jeliza.
“Contraponto”, baseado no livro de Mitch Cullin, tem o mérito de figurar como um dos piores, se não o pior, longa-metragem de toda a filmografia do diretor Terry Gilliam. Seus problemas são unicamente dois, e um derivado do outro – personagens e roteiro -, mas a intensidade deles é tamanha que mais nada dentro da concepção do filme consegue cativar suficientemente o espectador para que uma avaliação minimanente positiva dele seja feita. A lógica da problemática é bem simples de se entender: se os protagonistas do filme – um rockeiro fracassado e viciado cujo momento de maior proximidade com sua filha é quando pede para esta que a ajude a preparar sua dose diária do heroína; uma taxidermista com fobia de abelhas tanto quanto de pessoas, e que só vê como possível estabelecer relações com estas depois de mortas e devidamente empalhadas; seu irmão com problemas mentais, perdido em ilusões marítimas e ambições um tanto quando destrutivas e, finalmente, a gatorinha Jeliza-Rose, que passa seus dias inundando-se em fantasias com as quais cresceu sempre acostumada a confundir com a realidade – falham em despertar a menor dose de simpatia no público, a estória que os envolve, se já não parece interessante – pois apenas retrata as ilusões da garotinha, sozinha na casa abandonada de sua vó e em contato com gente desprovida de qualquer interesse em estabelecer comunicação com a realidade -, tem essa feição ampliada ainda mais pela falta de empatia dos personagens, tornando-se um verdadeiro teste de paciência cinematrográfico. Visto que estes dois aspectos são a base da formação de qualquer bom filme de ficção, fica difícil elogiar qualquer outro componente ou característica de “Contraponto” – mesmo que eles tenham algum vago caráter de qualidade, sua importância frente à dos personagens e do roteiro é consideravelmente menor.
Mas Terry Gilliam é assim mesmo, um homem de extremos: quando o diretor britânico, ex-integrante do grupo Monty Python, acerta a mão, geralmente ele o faz de maneira sublime – como em “O Pescador de Ilusões” e “12 Macacos” -, mas quando ele erra, ele o faz em igual medida, cavando fundo a cova do seu próprio filme. Se ele continuar acertando uma vez a cada dois equívocos, já vale o serviço prestado ao cinema – e como “Contraponto” é o seu segundo equívoco seguido, vamos torcer para que o próximo seja um acerto realmente compensador.

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senha: contempt

legendas disponíveis (português) [via legendas.tv]:
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“Terminus”, de Trevor Cawood. [download: vídeo]

TerminusUm homem, inerte em sua rotina algo insípida, é um dia surpreendido pela companhia de um ser estranho, de feições humanóides, mas composto de cilindros de concreto. A partir de então, onde quer que esteja, aquela entidade o acompanha incansável e inexpressivamente. Logo ele descobre que não parece ser o único a carregar esse “fantasma” – outras pessoas igualmente carregam os seus, todas entidades diferentes entre si.
Com a ajuda do irmão Jason no roteiro, o diretor Trevor Cawood produziu este curta-metragem perturbador, não apenas com uma idéia muito original e aterradora, que intensifica pouco a pouco no espectador a idéia de claustrofobia, esquizofrenia e paranóia, mas com uma inteligência espetacular ao explorar a frieza obscura e quase insana dos ambientes típicos de uma metrópole, bem como fazendo proveito dos elementos deste cenário urbano para o desenho de cada uma das estranhas entidades que, como anjos da guarda que não causam bem algum, prostram-se silenciosas ao lado de seus escolhidos, observando-os contínua e ininterruptamente – é um dos melhores curta-metragens que já tive a oportunidade de obter pela internet, chegando a lembrar-me, na breve sequência em que o protagonista perambula desnorteado nos soturnos corredores do metrô, quase ao final do curta, a extraordinária cena de Isabelle Adjani no filme “Possessão”, de Andrzej Zulawski. Assista logo via este link do YouTube ou – o que eu recomendo muito mais, devido ao visual arrojado do vídeo – baixe-o utilizando este link para o tamanho grande ou este link para o vídeo no tamanho médio.

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Coco Electrik – Army Behind the Sun. [download: mp3]

Coco Electrik - Army Behind The SunO duo de electro-pop britânico Goldfrapp tem há pouco mais de um ano a companhia de Coco Electrik, uma banda novata disposta a tomar um pouco do espaço da dupla no campo dos sons cheios de glamour e gingado. Apesar de muitas vezes faltar à Coco – cujo nome verdadeiro é Anne Booty – um bocado da inventividade e charme que Alison Goldfrapp e Willl Gregory tem a esbanjar, ela e seus companheiros de trabalho conseguem, em alguns momentos, compor faixas de ambiëncia deliciosa e sinceramente irresistível em seu álbum de estréia, Army Behind the Sun. E para primeiro single do disco, Coco escolheu o cover dançantemente nostálgico que fez de “Sex Shooter”, canção famosa do filme “Purple Rain”, de Prince. A versão de Coco apela para seu vocal sexy e petulante, com fartas doses de loops de palminhas, frugalidades eletrônicas inundando o refrão e sampler de baixo e beat eletrônico guiando o ritmo libidinoso da música. A faixa seguinte, “Paint It Red”, investe em uma sonoridade mais doce, fazendo melhor proveito da melodia com assobios e com o uso certeiro de alguns acordes sampleados de guitarra e de baixo, que acolchoam a melodia e amaciam o tecido para a entrada do registro vocal um tantinho mais agudo de Coco. Em “Dance To Cash”, Coco investe, com a ajuda de sua banda, em uma sonoridade muito mais encorpada, intencionalmente suja por várias camadas de riffs transbordantes de guitarra, que duela com a pressão do beat eletrônico e do vocal multiplicado e repleto de soberba de Anne Booty – soa próximo das faixas mais esquizofrênicas de Shirley Manson e seu Garbage. Mas a mistura electro-pop administrada em todo o disco por Anne Booty e seus comparsas atingem refinamento máximo mesmo é na combinação de batida eletrônica seca e chicoteante e baixo de acordes graves e sensuais que inunda o fundo de “Pussyfooter”, faixa recheada ainda por samplers e loops que fazem cintilar a melodia. Depois de se lambuzar inteira no pop e no disco, com pitadas de glam rock, a banda ainda faz por bem experimentar um bocado com vocais dissonantes, samplers e distorções das mais diversas na penúltima faixa, “Fall Into My Party”, criando um todo caótico bem à moda do que faz o Planningtorock.
Army Behind the Sun, ainda que soluce por conta de alguns equívocos e chatices em uma ou outra música, reserva alguns momentos realmente deliciosos com faixas que invadem qualquer ambiente com fartas doses de luxúria e hedonismo descompromissados – Anne tem que polir em boa medida muito do que fez em algumas das melodias que compõe, mas já consegue dar uma idéia, neste álbum de estréia, de quantos coelhos dançantes podem ser tirados de sua cartola.

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“Estamos Bem Mesmo Sem Você”, de Kim Rossi Stuart. [download: filme]

Anche Libero Va BeneGaroto, criado pelo pai na companhia da sua irmã mais velha, vê o cotidiano de sua enxuta família ser interrompido pela chegada repentina de sua mãe, que já outras vezes abandonou e retornou ao convívio de filhos e marido por conta de romances ao lado de homens financeiramente mais estáveis.
Ao deparar-me com a notícia deste filme do ator e diretor Kim Rossi Stuart – que também atua no papel do pai desta família disfuncional – tive a esperança de encontrar mais um longa-metragem italiano que herdasse o estilo sóbrio e elegantemente sensível de “O Quarto do Filho”, de Nanni Moretti – há até uma cena de “cantoria automotiva descontraída” muito semelhante à do filme de Moretti e que, sem dúvidas, confessa abertamente a inspiração no cinema deste diretor. Mas a expectativa foi frustrada por um certo gosto pelo exagero mais italiano e pelo dramalhão mais mexicano, ambos devidamente alimentados pelo diretor e seus três co-roteiristas em mais sequências do que o que seria saudavelmente permissível durante o filme: tanto o personagem de Renato, o pai, hora com seus arroubos de fúria e em outras com sua constrangedora animação exacerbada, quanto Stefania, a mãe, que passa a maior parte do filme com cara de coitada vitimada, e por isso acaba não convencendo no momento que se veste de impetuosa e inoportuna coragem tentando desvencilhar-se da barreira sentimental (desconfiança) que tem com seu filho, são responsáveis pelos momentos mais irritantes e constrangedoramente piegas – a redundância é necessária, acreditem – do longa-metragem. E com tudo isso, quem sai ganhando é o personagem do filho caçula, Tommaso, que é – não por acaso, provavelmente – o verdadeiro protagonista deste filme, guiando com seu olhar melancólico, sua desconfiança silenciosa e sua perspicaz maturidade todo o filme. O garoto, de um lado sentindo-se por vezes atropelado pelo pai turrão e opinioso e de outro sentindo-se invadido pela intimidade forçada e falsa que sua “mãe esporádica” quer construir faz crer que não poderia ter outro comportamento se não o de uma criança comedida e um tanto tímida. No entanto, entendo como sendo esta a natureza própria da personalidade de Tommaso, muito mais do que fruto de um trauma ou desgosto com os descaminhos de sua família – e o comportamento mais fartamento emotivo, jovial e alegre de sua irmã, envolvida nos mesmos episódios desta família, serve para mostrar que isso é verdade. É por conta unicamente de sua presença sempre delicada e por mostrar o quanto os pais muitas vezes erram ao considerar sempre como algo não-saudável o comportamento arredio, solitário e tímido de uma criança, sem nunca parar para refletir que esta pode ser uma das muitas possíveis personalidades que um ser humano pode vir a desenvolver, e que isto deveria ser visto como algo muito natural e não como algo nocivo, que “Estamos Bem Mesmo Sem Você” vale ser assistido – não fosse o roteiro repleto de passagens do mais barato folhetim e o prazer do diretor em evidenciá-los ainda mais, o filme poderia deixar muito mais do que isso para o espectador.
Baixe o filme utilizando os links a seguir.

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legendas (português) [via legendas.tv]
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Madredeus – Faluas do Tejo. [download: mp3]

Madredeus - Faluas do TejoFaluas do Tejo, lançado em 2005, é mais um disco que pode ser definido como um dos melhores do grupo Madredeus, ao lado de Ainda, trilha sonora do filme “Céu de Lisboa”, de Win Wenders. Plácido e tranquilo, o disco parece ter sido fruto de um momento iluminado da banda, onde a inspiração para composição apresentou-se no mais alto grau de sofisticação, a sensibilidade dos músicos surgiu extremamente apurada e a clareza e emoção da voz de Teresa Salgueiro encontravam-se ideais. Talvez toda essa conjunção de estados perfeitos deva-se à grande inspiração temática do disco: o encanto da cidade de Lisboa. Três das melhores composições do disco citam diretamente as belezas da capital portuguesa em suas letras: tanto “Lisboa Rainha do Mar”, que recorda a era dourada da cidade, quando Portugal lançava-se mar adentro a desvendar velhas e novas terras, fascina com violões e vocais gentios e suavíssima programação ao fundo, fruto de um orgão Hammond divinamente discreto, quanto “Adoro Lisboa”, uma declaração apaixonada à cenários e paisagens da cidade sobre alguns violões de acordes doces e marolantes e outros dedilhados com ligeireza e maestria que fazem com o teclado, cuja sonoridade lembra flautas distantes que preferem nunca aproximar-se muito, e “Faluas do Tejo”, que com enorme nostalgia melódica, aguçada pelo orgão, violões e vocais tristes, rememora o tempo em que embarcações singravam tranquila e solicitamente as correntes do rio Tejo, buscam inspiração nos cenários da cidade, reconstruindo-os com perfeição em seus versos e tons.
Mas não necessariamente as cores de Lisboa são passagem obrigatória em cada faixa deste álbum tão bem cuidado do Madredeus. Há espaço para outros “sítios”, outras sensações, outros temas, como mostram as canções “Na Estrada de Santiago” – que concilia dois vocais de Teresa, um cantado a afastado bem ao fundo, e outro falado e seguro de si, no primeiro plano, enquanto ouve-se um ruído constante como o caminhar dos peregrinos pela estrada de chão batido de Santiago de Compostela – e “Lá de Fora” – com melodia alegre, levemente festiva dos violões de agudas notas trotantes e do teclado de sons malemontes, tudo condizente com os versos que falam sobre sensações furtivas de contentamento e prazer que nos invadem durante o dia.
Para quem conhece com seus próprios olhos a cidade de Lisboa, bem como o restante deste país maravilhos que é Portugal, o disco deve ter um sabor especial, mas mesmo quem não conhece pessoalmente as terras de além mar consegue, ainda assim, sentir o farfalhar delicado de seu vento, o leve ondular de suas águas doces e salgadas e as cores suaves de seus campos em cada nota, verso e timbre de Faluas do Tejo, em uma viajem sonora cortezmente conduzida pelo melhor grupo português da atualidade.

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“Coisa Ruim”, de Tiago Guedes e Frederico Serra. [download: filme]

Coisa RuimAo mudar-se de Lisboa para um vilarejo, uma família começa não apenas a viver conflitos no relacionamento de seus membros, mas enfrenta também a ocorrência de fenômenos estranhos nos domínios da residência antiga que veio a ocupar.
Este filme ganhou a fama de adentrar em um gênero que não é comum a produção de longa-metragens portugueses, o do terror. Contudo, não é difícil peceber que “Coisa Ruim” não é bem, na verdade, um filme que pertence à este estilo: apesar de o argumento composto por Rodrigo Guedes de Carvalho apoiar suas linhas básicas em uma história que possui características muito comuns ao terror, tanto a forma como esta temática foi desenvolvida e aprofundada pelo roteirista, bem como a abordagem dada pelos diretores Tiago Guedes e Frederico Serra, mais afasta “Coisa Ruim” do parentesco com este gênero do que o aproximam dele: a condução lenta, onde os acontecimentos tomam lugar de forma vagarosa, evitando a todo custo o artifício do repentino, um dos traços mais emblemáticos do terror, o modo como as feições do sobrenatural e fantástico da história são explorados de forma comedida, dificilmente assumindo a dianteira nas cenas, a utilização de uma trilha sonora atípica, que com distorções de guitarra e baixo faz algo bastante diverso do obtido com a tão usual orquestração de cordas, tudo aqui contribui para tornar este um “filme de terror” que se recusa a sê-lo de todo.
Mas, a propósito, qual seria a importância em rotulá-lo, classificá-lo, catalogá-lo? Talvez, o grande mérito de “Coisa Ruim” esteja justamente neste ponto: apesar do bom desempenho dos atores – muito naturais em seus papéis – do roteiro sóbrio – que faz boa inserção de crendices e lendas no decorrer dos eventos retratados – e da direção competente – que explora bem os cenários naturais e faz uso econômico tanto do enquadramento quanto do movimento de câmera – nunca alcançarem níveis de excelência e sublimação que o tornassem um longa-metragem excepcional, a já citada atipicidade dos artifícios nele utilizados e da abordagem dada à uma história desta natureza, que impedem o seu enquadramento e agrupamento à um gênero em particular, é que foram responsáveis pela sua popularidade insólita, pela recepção tão positiva por crítica e público. É apenas isto que faz de “Coisa Ruim” um filme a ser visto: faltam-lhe predicados que lhe garantissem o selo de um grande filme, mas toda essa sua simplicidade trabalha a favor do seu caráter extremamente incomum.
Baixe o filme utilizando os links e a senha abaixo.

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