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seteventos Posts

The Boy / Abril 2002: todo Juliano Zanata [fotos]

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Não são poucos os modelos que não tem um rosto exatamente harmônico que já posaram para o The Boy. O gaúcho Juliano Zanata, apresentado em 2002, é um destes casos. No entanto, entres os modelos com “carão”, Juliano é o que mais me agradou – se não estou esquecendo nenhum agora. Isso porque o nariz excessivo e a boca exagerada são adornados por um corpo de sensualidade bastante juvenil – ele tinha 22 anos na época. É justamente nas fotos preto e branco em que o modelo exibe o corpão talhado que ele está mais atraente – não porque esteja semi-nu, mas porque é nestas fotos que sua beleza foi mais calculada e polida pelo fotógrafo. Observe bem a foto em que ele se exibe meio deitado, com as pernas grossas e cabeludas – jesus… – e peito e abdômen sem exageros naturalmente à mostra e diga se não concorda. Não está na minha lista dos melhores mas, devido à algumas fotos muito bem planejadas, é lembrado por mim com carinho – para usar um termo mais ameno. Aproveite o álbum do gauchão.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site The Boy com o modelo Juliano Zanata.

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“O Jardineiro Fiel”, de Fernando Meirelles.

The Constant GardenerDiplomata acomodado desconfia das circunstâncias da morte de sua esposa, uma ativista que lutava contra a exploração da miséria, e resolve investigar por conta própria o acontecido. Logo descobre que a versão oficial para a morte de sua mulher está longe de ser a verdade.
Meirelles quis, em seu primeiro filme de produção estrangeira, não pisar em falso em momento algum, equilibrando a produção de maneira que despertasse a atenção de público e crítica sem chamar muita responsibilidade para si. O ponto de equilíbrio é bastante claro: enquanto vê-se uma produção financeiramente generosa, bastante requintada visualmente e com locações na Europa e na África, percebe-se que o diretor decidiu que iria conseguir controlar os rumos de seu longa na escolha da atriz para o papel de Tessa. Foi recusando atrizes da maginitude pública de Nicole Kidman e Kate Winslet – com a desculpa de não terem a idade apropriada -, e escolhendo uma atriz competente mas sem notoriedade pública excessiva, que o diretor garantiu para si as rédeas do controle autoral de seu longa-metragem, evitando tanto que sua produção fosse eclipsada pela fome de auto-promoção de atrizes como estas quanto que a presença de uma destas mulheres gerasse expectativas em excesso com relação ao seu filme. Foi assim que Rachel Weisz acabou sendo a escolhida para o papel, e o filme ganhou os contornos pleanejados pelo diretor brasileiro.
Fernando Meirelles consegue manter o conhecido nível de qualidade de suas produções em sua primeira incursão pelo mercado internacional. Os atores estão muito bem em seus papéis, limitando de forma inteligente suas atuações para não prejudicar a atenção do público com relação à estória do longa. O roteiro adaptado consegue organizar a fragmentação de sua estória de modo que o conceito não atrapalhe a compreensão do seu conteúdo. A fotografia, a montagem e a edição tem algo de saturação, imediatismo e imersão, sensações que potencializam o envolvimento do público com o desenvolvimento dos acontecimentos do filme. E a direção de Meirelles sabe deixar o registro de seu estilo sem prejudicar a unidade de cada uma das características já citadas. A palavra que melhor define o mais recente filme do diretor brasileiro é, sem dúvidas, “equilíbrio”.
Desta forma, “O jardineiro fiel” é realmente um filme muito bom, mas não se configura como uma obra-prima. Primeiro, pelo obra em si, que mostra ser um filme acima da média, mesmo entre as produções estrangeiras, mas não se torna referência imediata. Segundo, porque o filme é menos um marco na estória de diretores brasileiros que arriscam carreira internacional e muito mais um degrau acima no caminho percorrido há anos pelo trabalho competente dos cineastas brasileiros – ou seja, não se trata de que ganhamos respeito e reconhecimento internacional agora, mas sim de que já o estamos fazendo há um bom tempo, e este filme representa um avanço ainda maior neste caminho.
Por tudo isso, deve-se assitir à “O Jardineiro Fiel” com o nível de exigência no ponto certo. Nem todo artista nasceu para fazer história: a grande maioria está aí para contribuir na medida certa para o engradecimento da cultura e da arte.

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Adicolor – “Pink” (dir. Charlie White). [download: vídeo]

Adicolor - PinkA Adidas concebeu uma campanha bastante inspirada para promover o lançamento de seu tênis altamente costumizavel, o Adicolor. A empresa convidou sete diferentes diretores para criar, com toda a liberdade, sete curtas cada um, cuja única exigência é que utilizassem tematicamente uma das 7 cores que o consumidor poderá utilizar para personalizar o tênis. Me reservo o direito de expor aqui o filme mais interessante até o momento. Curtíssimo – tem cerca de 2 minutos e meio de duração, incluindo créditos -, o diretor abusa de uma evidente inspiração björkiana em seu curta chamado “Pink” – tanto na trilha quanto no visual deste. O filme mostra uma adolescente em seu quarto com decoração típica, vivendo um momento nada raro de bate-papo telefônico. Tudo parece muito bem, até que uma orgia rosa devassa esse cotidiano tão pasmaceiro. Idílico e surreal, o visual e a trilha são caprichadíssimos, e revelam um diretor que pode ter um futuro bastante promissor. Chega a dar pena que o filme e a música sejam realmente bem curtinhos. Não perca a oportunidade de ser invadido pelo delírio pink: basta escolher o tamanho do arquivo que mais lhe agrade e fazer download para o seu computador.

pequeno: http://www.r243g197b208.net/video/pink_adicolor_small.mov

médio: http://www.r243g197b208.net/video/pink_adicolor_medium.mov

grande: http://www.r243g197b208.net/video/pink_adicolor_large.mov

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Fiona Apple – Tidal. [download: mp3]

Fiona Apple - TidalA cantora e compositora Fiona Apple tinha apenas 18 anos quando lançou seu álbum de estréia, Tidal. Para alguém que tem constante contato com os adolescentes de hoje, ainda causa surpresa tal lembrança – já que mais da metade destes jovens, hoje, estão insuflados por um imenso vazio cultural. o trabalho da garota é de uma profundidade e complexidade inimaginável para alguém de sua idade. Melodias sofisticadas e repletas de sutilezas jazzisticas, letras que tratam de temas como amor e culpa com elegante ironia e um vocal em estilizadíssimo tom grave são coisas que fazem este disco soar estranhamente atraente para qualquer ouvido disposto a iniciar uma imensa evolução sonora em sua cultura musical.
Fiona não é uma artista de meios-termos: suas composições são intensas – até barrocas – na sua maneira desmedida de expressar emoções e atitudes. Assim é “Criminal”, que fala de uma mulher cheia de culpa que implora perdão ao seu amante, enquanto os acordes do piano assumem um belíssimo duelo com ons tons charmosamente graves da voz de Fiona e a bateria assume o papel de impor ritmo forte à canção. Em suas “baladas”, por sua vez, Fiona consegue compor melodias esplêndidas, sendo uma das únicas compositoras que conheci até hoje que emoldura letras cheias de rancor e sofrimento amoroso em harmonias que são um híbrido de melancolia e sensualidade. É o caso das canções “Sullen Girl” – que revela, com ironia, uma mulher melancólica e afetivamente amargurada que aguarda, com certo desespero, que algo a tire de sua criogenia – e “Slow Like Honey” – delírio irresístivel que transforma o flerte em uma verdadeira ode à arte da sedução. Em “The First Taste”, Fiona mostra ainda que uma música pop pode ser enriquecida com harmonias finas e elegantes, sem perder seu apelo imediato. “Carrion”, canção que fecha o CD, tem em suas letras um misto de desejo de resgate e fuga de uma relação amorosa, tudo embebido em uma melodia que inicia-se silenciosa e sutil, para arrebentar em uma harmonia luminosa e fulgurante. No entanto, é mesmo “Sleep to dream, faixa que abre o disco que resume o tom da composição lírica da cantora. Nos vocais desta canção, vemos uma mulher que se dispõe a abandonar uma relação, muito segura de si e completamente enfastiada com a fato de que aquele que amava não estava à sua altura. É justo. Não é qualquer um mesmo que pode com essa mulher. Baixe o disco utilizando os links a seguir.

http://rapidshare.de/files/15457981/Xile-Tidal-Apple.part1.rar

http://rapidshare.de/files/15459457/Xile-Tidal-Apple.part2.rar

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Coca-Cola – “Love Is The Truth” (dir. Nagi Noda). [download: vídeo]

Coca Cola - Love Is The TruthJack White, integrante da dupla The White Stripes, recusou-se há alguns tempo atrás, junto com Meg White, a ser filmado para um comercial. Sabendo disso, a Coca-Cola, ao mostrar interesse em ter um trabalho do artista para um comercial seu, teve o cuidado de mostrar-lhe que suas ideías não iriam ferir a imagem do cantor e compositor. E assim Jack cedeu ao convite da multinacional de refrigerantes, e resolveu compor uma canção exclusivamente para a campanha. Segundo o artista, a temática sugerida pela empresa lhe interessou bastante, já que ele não costuma compor algo que aborde o amor em uma linguagem mais universal. O curta abandona a abordagem apelativa que infesta o mercado publicitário nos últimos anos, que tem a mania de transformar o cotidiano numa orgia adolescente de verão, e aposta em um imaginário mais nostálgico e singelo. A produção utiliza uma mistura de manipulação digital com trabalho mais tradicional, como se vê no final do filme. O frescor desta peça publictária, em conjunto com a qualidade da música de Jack White, torna-o de expectação obrigatória para qualquer um que goste de música, comerciais, curtas e Coca-Cola, não necessariamente todos juntos ou nesta ordem. Escolha o tamanho preferido do arquivo e baixe já utilzando os links abaixo.

pequeno: http://www.shots.net/qt/0/35840a_56K.mov

médio: http://www.shots.net/qt/0/35840a_ISDN.mov

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Lightning Bolt – “The Faire Folk” (dir. E. Casey Leydon). [download: vídeo]

Lightning Bolt - The Faire FolkAlgumas vezes, os vídeos mais alternativos e feitos à toque de caixa são os mais autênticos. É o caso deste vídeo feito para a música “The Faire Folk”, cujo trabalho restante dos autores da canção não faço muita questão de conhecer – o conjunto de imagem nonsense e música cíclica é que interessa mesmo. O curta foi filmado usando o recurso de stop-motion para simular o movimento acelerado ao fundo contrastando com a lentidão do personagem no primeiro plano – e o personagem em questão é alguém trajado com uma fantasia de monstro dentuço muito divertida. O filminho é um desatino pop-urbano com idéia simples, ainda que bem trabalhada, e com senso de humor discreto ao retratar – na minha avaliação – alguém frustrado por não se adaptar à vida cosmopolita e que resolve abandoná-la e retornar à um cotidiano menos urbanamente selvagem. Baixe o vídeo pelo link a seguir.

http://www.laserbeast.com/mp3s/the-monsters-choice.mov

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Paparazzo: todo Rafael Calomeni [fotos]

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O moço, que estreou na TV em uma novela de Manoel Carlos, faz o tipo “galã maduro”. No entanto, ele é um pouco mais bonito do que os homens que assumem este papel na televisão brasileira. Isso é perfeitamente compreensível, uma vez que o rapaz é muito mais um modelo – sua profissão por excelência – do que um ator de fato. Um rosto lindo, sorriso absolutamente encantador, olhar de homem experiente, corpo natural: Rafael faz mesma a linha cama, mesa e banho. Porém, para não abandonar o hábito de ser o chato exigente de plantão, não está entre meus preferidos. Ele consegue sim ter mais apelo sexual do que Reinaldo Gianecchini, por exemplo – que é lindo, mas tem uma beleza por demais fria -, mas não consegue me fascinar no nível adequado. Está ausente um apelo mais imediato, uma beleza mais misteriosa. Pode também ser simplesmente falta de carisma do modelão. Ou talvez eu esteja mesmo, como disse meu amigo do estreante Monostrematas.blogspot.com, um pouco obsessivo pelo Matthew Fox. Mas quem tem um Foxy como muso não consegue resumir-se à qualquer galã mesmo. Atendendo à pedidos, está disponível agora o álbum com as fotos de Rafael Calomeni para o Paparazzo.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site Paparazzo com o ator e modelo Rafael Calomeni.

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“LOST” x produção nacional : a importância de ser sensato.

Lost X Produção NacionalQualquer crítica deve ser feita baseada em fundamentação lógica e bom senso. No entanto, isso não parece ser a regra e sim a excessão na discussões formadas na internet – e, na verdade, fora dela também. E tem gente que, só para alimentar a sua egolatria, adora lançar opiniões polêmicas, evidentemente que vão contra a opinião da maioria e que, como eu já disse, carecem de relevância. Nas minhas raras idas ao Orkut – que não é definitivamente o que mais adoro fazer na web – acabo conferindo inúmeras situações como esta. A mais recente, com a qual tive contato hoje, aconteceu numa comunidade sobre “Lost”. Um indivíduo, se julgando muito inteligente e perspicaz, entra na comunidade e inicia um tópico afirmando que todos não passam de idiotas por idolatrar um seriado americano e não valorizar a produção brasileira que, segundo ele, seria infinitamente melhor por retratar a nossa realidade, e usou como exemplo o seriado “Cidade dos homens”.
Lindo isso. Não passa de sandice vazia. Explico. O fato de que existem boas produções brasileiras não tira o mérito das produções estrangeiras – para qualquer pessoa minimamente inteligente, é óbvio que uma coisa independe da outra. Mesmo as pessoas que não curtem a produção brasileira de séries ou similares – e eu, por exemplo, não consigo lembrar de nenhuma que vale realmente a pena, nem a citada por ele – sabem admitir isso como um fato. Agora, o que deve também ser admitido é que os americanos fazem os melhores seriados do mundo, quer os brasilianistas de plantão gostem ou não disso.
Há ainda a questão que reside na diferença conceitual e temática entre as duas séries: “Lost” é pura ficção que explora mistério e causa suspense; “Cidade dos homens” pretende retratar a realidade das classes sociais mais baixas do Brasil. Isso só basta para tornar qualquer comparação ou discriminação entre as séries sem efeito.
Deve-se evitar o discurso nacionalisto barato. O fato de a produção ser brasileira não faz dela um primor; assim como o fato de que a série aborda a realidade nacional não faz necessariamente desta uma obra relevante ou mesmo lhe confira qualidade. Isso é cretinice ufanística. “Lost” é uma das coisas mais genais já criadas pela televisão americana, entrando desde já para o panteão das séries inesquecíveis – como “Arquivo X” e “Jornada nas Estrelas” -, e não há qualquer coisa produzida no país que se equipare a esta série norte-americana. “Cidade dos homens” é um derivado do longa de Fernando Meirelles encomendado pela Rede Globo para aproveitar o sucesso do filme. A citada série pode até mesmo ser boa, mas está anos luz de se configurar como um marco. E ponto final.

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“Língua: Vidas Em Português”, de Victor Lopes.

Língua: Vidas Em PortuguêsDocumentário que reune a opinião de artistas, e um pouco do cotidiano de gente comum, centrando-se em como a língua portuguesa e a colonização deste povo influi e integra a vivência destas pessoas.
O “ser” lusitano – ainda que apenas descendente ou por criação – é aqui investigado de maneira fascinante para qualquer falante desta língua: não há como não se emocionar ao se dar conta de que, apesar das evidentes e inevitáveis diferenças, há afinidades eletivas que nos unem todos, e nos quais podemos nos reconhecer mutuamente – o desprendimento, a tradicão da refeição do “café” à mesa, a fé desmedida na religião, o amor pela música. Quando se concentra em pessoas anônimas, o diretor Victor Lopes prefere não indagar sobre a língua e o lusitanismo, preferindo evitar uma filosofia popularesca e ocupando-se em montar um breve painel da personalidade delas e do cotidiano vivido por estas pessoas. Desta forma, Lopes atingiu seu objetivo mesmo sem tocar propriamente no assunto, utilizando-as como ilustração da discussão formada pelos protagonistas mais famosos do documentário. E é quando o assunto entra em pauta que os momentos de maior beleza surgem: Teresa Salgueiro e Pedro Ayres Magalhães – da banda Madredeus – , o compositor Martinho da Vila, os escritores Mia Couto, José Saramago e João Ubaldo Ribeiro falam de maneira franca sobre esta alma coletiva que habita todos aqueles que pertençam de alguma maneira aos povos lusitanos. Tão intraduzível para todos os outros povos quanto a palavra “saudade”, somente os que tem a sorte de integrar uma das culturas mais ricas, belas e anfitriãs do mundo tem a capacidade de compreendar a totalidade do que está ali tão bem retratado. Documentário de apreciação obrigatória para todos àqueles que compreendem o quanto é maravilhoso ser um dos mais de 200 milhões de lusos pelo mundo.

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Marisa Monte – Universo ao meu redor. [download: mp3]

Marisa Monte - Universo Ao Meu RedorE Marisa Monte renasceu. Foram anos lançando álbuns medianos ou absolutamente dispensáveis. Porém, sempre é tempo de demonstrar bom senso. E a cantora e compositora brasileira decidiu que já era hora de fazer isso. Universo ao meu redor, álbum-irmão de outro lançamento simultâneo de Marisa, é definido por ela como um disco que detém a “atmosfera do samba”. Isso é bobagem, é Marisa querendo ser pós-moderna ou pseudo-humilde, sendo que este último não cabe muito bem à ela. Se este não é um disco de samba eu não faço idéia do que poderia ser.
O álbum é composto de alguns sambas que, até então, tinham registros apenas orais, ao lado de composições recentes da cantora e seus parceiros habituais – e outros ainda que estréiam no repertório da cantora. De beleza tranquila, quieta, sem arroubos estilísticos-sonoros, o disco abandona a pretensão exibida pela cantora nos últimos anos e retorna à um som mais puro e despido, como o de seu melhor disco até hoje Verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão. Ao deixar de lado o irritantemente presunçoso delírio pop que mostrou sua sombra em Barulhinho bom, foi expandido em Memórias, crônicas e declarações de amor e que atingiu seu ápice em Tribalistas, Marisa deixa aflorar seus melhores predicados e exibe maturidade musical fulgurante. Assim sendo, todas as faixas tem valor e beleza, mas há composições de beleza infinda que se destacam, como “O bonde do dom”, que emociona com seus versos melancólico-urbanos e sonoridade que mistura o clássico do ritmo brasileiro com discretíssimos toques modernos, como um teclado Hammond sutilíssimo. “Vai saber?”, composta pela sempre fenomenal Adriana Calcanhotto, ganha arranjo à altura, com violas sofridas mescladas à harpas delicadas e vocais de fundo sobrepostos. A faixa que abre e dá nome ao disco, “Universo ao meu redor”, tem letras e melodias lírico-bucólicas, revelando a beleza imensa das pequenas coisas da vida que nos cercam. “Satisfeito” que traz mais bucolismo em suas letras, moderniza com uma batida eletrônica e acordes de guitarra que sabem seu lugar dentro de uma música que pisa forte no terreno do samba. E em mais uma bela canção de desapontamento amoroso e superação afetiva, “Lágrimas e Tormentos” segue a tônica melódica do disco, misturando a instrumentação tradicional do samba com toques suaves de sonoridades menos comuns ao ritmo, mas que se adaptam com maestria.
É maravilhoso, depois de tanta decepção, comprovar que uma artista do calibre de Marisa tem e teve sempre a capacidade de construir belas obras como o álbum em questão. Felizmente, os males da contemporaneidade – como a massificação, industrialização e populismo artístico, em voga desde meados da década de 90 – mostram que podem sim saturar os artistas que por eles se (des)aventuraram. Para o bem da arte e de todos nós. Baixe o disco usando qualquer um dos links que seguem depois da lista de faixas.

http://rapidshare.de/files/15366312/Universo_Ao_Meu_Redor.rar.html

http://d.turboupload.com/d/429298/Universo_ao_meu_redor.rar.html

http://rapidshare.de/files/17426317/MM-UAMR.rar.html

http://rapidshare.de/files/15292598/Marisa_Monte_-_Universo_ao_meu_redor.rar.html

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