Takeshi Kitano compôs uma obra de visual deslumbrante: paisagens fantásticas, roupas interessantes, fotografia perfeita. As atuações também são competentes. Mas o filme não chega a animar. Na verdade fica bem na faixa do regular. Há dois problemas que fazem o filme pairar nesta avaliação. Primeiro, o longa não precisava ser tão longa-metragem assim. Com quase duas horas de duração, tudo poderia muito bem ter sido resolvido em cerca de 1 hora e meia. Não havia necessidade de tanto contemplacionismo. O roteiro das três estórias não necessita de tanto. Segundo, das três estórias, a única que realmente satisfaz é a do casal-mendigo. As duas outras não chegam a animar, talvez pelo fato de possuírem uma alma muito oriental, incompreensível para um ocidental, como eu. Talvez eu estivesse esperando mais do filme. Mas acho que não, o filme poderia ter sido mais eficiente, bastando, para tanto, um pouco mais de bom-senso.
Caí aqui por acaso e li sua resenha sobre Dolls, que na minha opinião é um dos melhores filmes que já assisti, o filme tem o time que precisa ter, o ” contemplacionismo ” que vc diz ter muito é justamente o feeling do filme, na verdade não precisa ser ou ter a visão oriental para entender essa obra prima, infelizmente no Brasil as pessoas gostam de filmes comerciais, de preferência com muito tiro, explosão, ação. Este filme é feito para sentir, contemplar e pensar…assim mesmo nessa ordem. Dolls é filme para poucos!!!!!
Não leve a mal meu comentário….é apenas a minha visão =)