“Seven Nation Army”, música que abre o disco da dupla do rock alternativo americano, é realmente uma das canções que mais dignamente receberia a nomenclatura “rock” nos últimos tempos. No entanto, tirando essa e mais algumas poucas faixas, não há nada que interesse mais tanto no disco. Como se trata de uma dupla, e ninguém mais, o som produzido por eles fica reduzido ao que uma bateria e uma guitarra podem fazer, com alguns pianinhos esparos e uma ou outra coisa. Tudo bem que muita gente defenda o abandono dos ruídos eletrônicos em detrimento do retorno ao som mais básico do rock, vislumbrando nostalgicamente que a qualidade possa ser algum dia a regra e não a exceção no mundo da música. Porém, depois de ter contato com o trabalho da dupla tenho certeza que tal atitude não resultaria no efeito esperado, já que os dois barbarizam ainda mais o conceito, reduzindo o rock a apenas dois instrumentos. Tomando isso como preceito para construir toda a arquitetura melódica de um álbum não há como escapar de um infeliz empobrecimento sonora. Resultado: depois de ouvir as primeiras cinco faixas o interesse vai ficando cada vez mais reduzido, já que o som da dupla fica tão igual de uma canção para a outra, com uma sonoridade demasiadamente seca. Sinceramente, se é assim que acham que deve ser a nova “revolução” do rock eu espero que essa revolução nunca aconteça, porque ela seria a mais chata da história. Se você está cogitando a possibilidade de comprar o CD da dupla, pense nisso: baixe as faixas em mp3 e escute apenas aquilo que interessar de fato. Links para download depois da lista de faixas.
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