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Mês: fevereiro 2006

Sigur Rós – “Glósóli” (dir. Arni, Kinski e Ted Karlsson). [download: vídeo]

Sigur Rós - GlósóliNo vídeo de um dos singles de Takk, quarto disco da banda islandesa Sigur Rós, uma trupe de crianças reune-se lentamente, numa jornada através do vasto ambiente islandês para, na conclusão do vídeo atirar-se sem pestanejar um imenso despenhadeiro. Todos o fazem sem hesitação, a não ser um garotinho, que mostra não ter certeza em unir-se às crianças que se dirigem ao horizonte. Com locações absolutamente deslumbrantes, o vídeo consegue retratar a canção e o universo musical da banda islandesa de forma precisa: uma atmosfera fabular e idílica se faz presente durante todo o vídeo, exatamente o que se sente ao escutar qualquer dos discos do Sigur Rós. Imperdível. Baixe o vídeo de “Glosoli” agora clicando aqui.

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The Boy / Dezembro 2002: todo Raphael Laus [fotos]

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Há certas coisas que o público nem precisa pedir: elas virão. Esse é o caso de Raphael Laus, o garotão fenomenal com cara de safado que foi capa do ensaio de Dezembro de 2002 do The Boy e eleito o melhor daquele ano. E olham que o ano de 2002 teve concorrentes poderosos – Rafael Monteiro, Leandro Becker, mas os visitantes, felizes com tantas opções espetaculares, fizeram a sua escolha.
Rapahel Laus guarda impressionante semelhança com Matheus Verdelho. Não estou me referindo aqui exatamente à semelhança física, mas nas sensações despertadas em qualquer pessoa que se depara apreciando-os: uma mistura primitiva de desenfreada libido e paixão. Assim como Verdelho, Laus consegue assumir feições ferozmente sexy e irresistivelmente doce: tudo depende de sua imensa capacidade de adequar sua infinita masculinidade àquilo que ele preferir no momento. Assim, o fabuloso garotão consegue ser o arquétipo da preferência de todos os gostos: o homem objeto – o sexo em estado puro – e o homem do ideal afetivo – o companheiro de toda uma vida. Não existem muitos homens como estes, que conseguem reunir em si tudo o que se deseja tão ardentemente. E, felizmente, no ensaio que produziu para o Terra, o fotógrafo invejado por todos os visitantes do The Boy soube exatamente como capturar essa química extraordinária de Raphael Laus: nestas imagens temos Rafael exibindo-se com todos os seus atributos de virilidade, doçura, malícia e sedução – fica aqui a devida reverência ao trabalho extraordinário do fotógrafo Cristiano Madureira.
Tão evidente quanto o chão que pisamos é o fato de que as fotos de Raphael Laus estariam logo aqui no blog – nem precisava pedir, viu? Bem, aqui estão tanto o álbum aberto e o álbum fechado desse deus. Novamente, faço o pedido para os visitantes de que se você possui alguma foto do ensaio fechado que não esteja aqui a envie prontamente pare o meu email. Divirtam-se!

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site The Boy com o modelo Raphael Laus.

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“Munique”, de Steven Spielberg.

MunichBaseando-se nos acontecimentos das Olímpiadas de 1972, onde um atentado palestino nos aposentos de atletas israelenses resultou em inúmeras mortes de ambas as partes, Spielberg desenvolve a estória dos agentes israelenses encarregados de eliminar palestinos supostamente involvidos no acontecimento.
O filme tem sido criticado pela imprensa especializada, e ainda mais por palestinos e israelenses, por não se aprofundar e não retratar adequadamente as minúcias das motivações do conflito entre os dois povos. Não endosso estas opiniões. Acho que Spielberg se saiu muito bem no retrato de um conflito no qual é um estranho – apesar da origem judia e, por consequência, raízes israelenses, seu olhar sempre será o do povo americano. O que israelenses e palestinos esperavam de “Munique”? Que o americano Spielberg decifrasse a verdade e a razão de ser de um conflito que os próprios envolvidos não conseguem, apesar dos esforços, analisar?
Tecnicamente o filme também é caprichado: o elenco está muito bem, a fotografia de Janusz Kaminski é sutilmente granulada e sépia – o que eleva a sensação de passado -, a direção é precisa. O roteiro adaptado de Tony Kushner e Eric Roth consegue ser preciso ao retratar a insensatez de toda violência – tenha ela alguma justificativa ou não – e realista ao mostrar que espiões assassinos não são um poço de frieza, charme e profissionalismo. Durante todo o filme a impressão mais forte é a de que aqueles agentes contratados, que no final são tidos como especialistas, não passam de corajosos amadores. Deve-se dar o dveido crédito ao elenco, claro, também responsável por transmitir adequadamente tal impressão.
No final das contas, este acaba sendo o filme mais bem acabado e relevante de Spielberg em muito anos. E a prova de que, atualmente, o diretor consegue ser mais efetivo em produções sérias do que em filmes repleto de efeitos digitais e pirotecnias derivadas.

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