Liberado esta semana nas plataformas digitais pela banda britânica White Lies, o single “Nothing On Me” é breve, mas intenso: logo após sintetizadores ondulantes abrirem a canção num rápido crescendo, a melodia é tomada de assalto por uma súcia de eletronismos transbordantes, confessadamente inspirados no rock progressivo dos anos 70, seguido de uma onda de guitarras exuberantes e de uma bateria frenética que faz referência ao motorik beat, cuja origem encontra-se nos anos 60, em bandas da Alemanha Oriental como Kraftwerk e Can. Sobre essa melodia ruidosamente hiperbólica, que só consigo descrever como ser conduzido em alta velocidade em um veículo desgovernado dentro de um túnel intensamente iluminado, a voz sutilmente rouca do vocalista Harry McVeigh reflete o efêmero e abstrato estado de confusão após uma discussão com alguém querido – o que coincide com o frenesi melódico da faixa.
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White Lies – “Nothing On Me” (single) [mp3]
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