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Tag: toni-collette

Toni Collette & The Finish – Beautiful Awkward Pictures. [download: mp3]

Toni Collette And The Finish - Beautiful Awkward PicturesA australiana Toni Collette tem tamanho carisma que, no início da carreira, mesmo em um filme que não tinha nada além de bonitinho – estou falando de “O Casamento de Muriel” -, chamou a atenção de público e crítica e ganhou impulso definitivo para ir muito além de sua terra mãe. E, a bem da verdade, tem sido sempre assim: mesmo em filmes pequenos ou algo rasos, Toni chama atenção com sua excelente performance. Apesar de ter dublado (ao lado de Rachel Grifftis) o clássico “Waterloo” do ABBA em “O Casamento de Muriel”, Toni tem, verdadeiramente, talento como cantora e compositora, e o álbum lançado no ano passado por ela e a banda que formou – Toni Collette & The Finish – está aí para servir de prova. Beautiful Awkward Pictures, segundo informação do próprio site oficial, é produto de composições aperfeiçoadas ao longo de dez anos, resultando em disco de sonoridade bastante concisa. Na faixa de abertura, “This Moment Is Golden”, em que Toni lista as sensações que se manifestaram ao encontrar sua grande paixão, o contínuo cadenciamento marcial da bateria, além do espaço que piano, guitarra e baixo vão ganhando de forma progressiva, mostra o quanto esse longo tempo de maturação das composições valeu a pena. Mas além de aperfeiçoar as composições complementares do disco, esse tempo também garantiu singles poderosos, como “Look Up”, onde letra e melodia entram em consonância perfeita: sonorizando os versos, onde Toni apresenta toda uma série de cataclismas resultantes de seu amor em conflito, foi composta uma melodia condizente com o tema, onde o vocal, o piano, a bateria, a guitarra e o baixo armam um crescendo intensamente lírico. O que já é o contrário da melodia feita para emoldurar os versos que refletem sobre uma profusão de desejos desencontrados em “Tender Hooks”: a harmonia mantém suas tonalidades praticamente inalteradas durante toda a canção, sem praticamente nenhuma presença de bateria – apenas violão, guitarras, baixo e vocal. Já para a ambientação dos versos que comentam a sedução irresistível dos cowboys na fabulosa “Cowboy Games”, a música tecida faz uma fusão destas duas características: a melodia base, ao cargo do piano, bateria e violão, é feita de uma mesma sequência harmônica continuamente repetida que, na metade final, vai sendo incorporada à uma harmonia insurgente, caracterizada principalmente pela intensificação da instrumentação, pela presença de uma orquestração de metais e por um vocal mais emotivo.
É evidente que os fãs de Toni vão prontamente se deliciar com o primeiro disco de Toni Collette & The Finish, mas mesmo quem não conhece ou não tem qualquer carinho especial pela australiana saberá reconhecer, ao ter contato com esse apanhado de canções tão cautelosamente arranjadas e afinadas, que estas músicas são fruto de uma artista cuja habilidade e sensibilidade musical, não é difícil reconhecer, são bastante apuradas. A única dúvida que Toni Collette deixa é se a sua ocupação no mundo do cinema vai mesmo tornar sua faceta musical um evento que se manifestará novamente só ao cabo de um bom número de anos – se ela voltar a se manifestar. E eu, como fã assumido, torço para que ela mantenha-se atuante tanto em um campo quanto no outro – pra mim, Toni Collette nunca é demais.

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“Pequena Miss Sunshine”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris. [download: filme]

Little Miss SunshinePequena família decide viajar quase 1000 quilômetros em uma Kombi amarela para que a pequena Olive consiga concorrer em um show de talento e beleza infantil. Durante a viagem os integrantes passam por eventos que levam a desentendimentos sobre a situação de cada um dentro desta família e à questionar àquilo que cada um sonha tanto alcançar.
“Pequena Miss Sunshine”, longa-metragem de estréia do casal de diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris, tem um grande defeito: a sequência final, no palco do concurso de beleza/talento, com a família inteira em cima, bem que podia ter sido cortada – ela deixa o filme com gosto de barato e piegas, o que não coincide com o que se viu antes no longa. O restante da película, no entanto, saiu muito bem. O elenco todo está afinadíssimo – mesmo Greg Kinnear, por quem não tenho muita simpatia, está bem -, com destaque para a menina Abigail Breslin que tem um desempenho muito natural, dosando de maneira igual estripulias infantis, ingenuidade e emoção. Os personagens, apesar de serem em certa medida caricaturais, também são realistas e mostram-se cativantes com o desenrolar da trama: mesmo o adolescente-aborrecido-que-odeia-tudo, que normalmente angariaria algum nível de desprezo ou intolerância da platéia, ou a criança do longa-metragem, que em outro filme passaria despercebida se não ganhasse destaque ou irritaria por atrapalhar o argumento com sua artificialidade, recebem atenção da platéia durante todo o filme. Isso devido, em parte, pela dempenho do atores, e em outra pelo casal de diretores, que deixou os personagem crescerem – especialmente Olive -, mas soube também controlá-los, para que não ofuscassem uns aos outros. E é aí que entra outro ponto positivo do longa-metragem: a direção. Dayton e Faris dividem o filme de igual por igual entre os personagens e, apesar de um ou outro acabar tendo maior ou menor destaque, nenhum ator tem o bastante para “roubar o cartaz” no filme. Por último, o roteiro do filme – que junto com os personagens forma a pedra fundamental de qualquer comédia decente -, de autoria do estreante Michael Arndt, mesmo sendo feito de eventos e situações que tem algo de absurdo e idílico – algumas até passando do limite do crível -, foi desenvolvido e conduzida com cautela, o que fez esses acontecimentos terem sentido dentro do espírito de humor negro sutil e sarcasmo escancarado do filme. E o sarcasmo é o meio pelo qual se realiza a grande crítica do argumento deste longa-metragem: a estratificação da sociedade americana entre “vencedores” e “perdedores” e a marginalização daquilo que é diferente e não se ajusta aos padrões sociais, idéias que fomentam este projeto de nação desde a sua fundação, é tão pisoteada e massacrada pelos eventos e pela construção dos personagens deste road-movie que isso, por si só, bastaria como motivo para assistí-lo. “Pequena Miss Sunshine”.
Apesar da natureza distinta de seus argumentos, é difícil não comparar este filme com outro lançado em 2005, e já comentado aqui no seteventos.org, “A Lula e a Baleia”, do diretor Noah Baumbach. A razão é muito simples: ambos os filmes são produções “independentes” – coincidentemente, o palco maior de divulgação de ambas foi o Festival de Sundance -, que se propõe como “comédias inteligentes”, designadas a atingir um público mais apurado. Porém, não há público nenhum, mesmo o mais apurado, que resista à personagens apáticos – e foi aí que “Pequena Miss Sunshine” acabou ganhando status de comédia do ano pelos críticos. O filme é bom sim, mas não chega a tanto o – odeio essas listas de um homem só, lembram?. Desta forma, eu que religiosamente me nego a aceitar ou colaborar com a prática das intermináveis e aborrecedoras listas de “10 mais” ou do “melhor” ou “melhores” do ano, que tanto nos aporrinham quando ele chega no seu fim – e que infesta a internet depois do “bum!” da Web 2.0 -, posso, ao menos, dizer que o filme de Dayton e Faris é o longa-metragem que “A Lula e a Baleia” propôs a ser ano passado – sem sucesso, a meu ver.
Baixe o filme utilizando os links a seguir.

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legenda (português):
http://www.opensubtitles.org/pb/download/sub/3094463

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Toni Collette & the Finish – “Beautiful Awkward Pictures” (dir. Nash Edgerton). [download: vídeo]

Toni Collette & the Finish - Beautiful Awkward PicturesDescobri esta manhã que Toni Collette vai lançar, junto uma banda chamada “The Finish”, um álbum. Não fazia idéia disso. Bem, já que tratei aqui de explicitar minha ignorância sobre o fato, me encarrego agora de ajudar a esclarecer ainda mais a situação para aqueles que, como eu, foram surpreendidos pela notícia. Apesar do álbum ainda não ter sido lançado, o vídeo do primeiro single, “Beautiful Awkward Pictures”, já foi feito, e a moça mesmo é que liberou o arquivo no “You Tube” – impressionante como em um espaço de apenas dez anos a internet transformou-se em um mídia poderosa, não?
O vídeo, inicialmente, tem aquele sabor “Yellow” de ser, e tanto a música quanto o curta foram criticados por alguns internautas em famosas comunidades de divulgação de vídeos na internet. Tudo bem: de fato a inspiração do vídeo é claramente “coldplayana”, digamos assim, mas não vi problema algum, ao contrário de todo mundo, em ela ficar parada, sem ação, diante do acontecido. E, uma vez que ambos somem no final do vídeo, imagino que tudo tenha sido meio que uma ilusão, ou então foram sobrepostos pela maré, o que deixa a estória do vídeo ainda mais intrigante e interessante. Eu, particularmente achei bem simpático, só me resta a dúvida sobre os dotes de Toni como cantora e compositora, dúvida esta que qualquer pessoa poderá solucionar tão logo o álbum vaze na net – eu já disse que a internet é mesmo uma mídia poderosa? 😉

Baixe o vídeo usando este link.

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