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Festival Campari Rock: The Cardigans.

The Cardigans - Festival Campari RockE chegou o momento.
Aquele lugar tinha mais filas do que posto da Previdência Social: fila para ingresso tradicional, fila para ingresso online (eu ali), fila para VIPs, filinha para imprensa (eu, sinceramente, desconfio que há assim tanta gente de imprensa em Florianópolis para acompanhar esse show…). A fila dos ingressos online estava mais lenta do que procissão espanhola, então quando entrei de fato no recinto uma banda local já tinha se apresentando – foi sorte?
Bem, ao entrar ganhava-se um vale Campari Energy. Mas, o que vem a ser esta exótica bebida? Bem, vou tentar explicar com o mínimo de ironia possível, visto que já não bebo álcool nem fumo. Era assim: copo. Gelo. Metade do copo de Campari e metade de um Flash Drink, um energético qualquer. Fiquei decepcionado, se é que é possivel me decepcionar ainda mais com alguma bebida alcoólica. Então era só misturar Campari com uma coisa em latinha que eles abriam na hora? Tá bom, dispenso. Bebi o negócio intragável e segui para o espaço de show.
Depois de algumas atitudes necessárias que todos devem fazer quando chegam num lugar desses – evito comentar – me dirigi lá para frente. E consegui. Não fiquei encostado na grade, mas fiquei a coisa de um metro e meio dela. Na cara do palco, portanto. Uma vez lá, vi que se apresentava uma das bandas locais, tal de Samambaia. O vocalista, por sinal, me soava parecido com um cara que se julgava muito cool e que via no ônibus de vez em quando, há muitos anos, quando morava na periferia e onde morava até o ano passado. Meu irmão tratou de confirmar, mais tarde, que era ele mesmo. Nunca fui com a cara do dito cujo, mas, verdade seja dita, ele era a melhor coisa da banda – divertidíssimo ele. O cara não tinha vergonha nenhuma de ser um bobo no palco, requebrando-se, soltando a franga e fazendo caras e bocas, ironizando em sua performance a infundada pretensão que estas bandinhas costumam ter. Eu fiquei rindo o tempo todo. Refletindo que trata-se apenas de uma bandeca local, não há porque eles mesmos se levarem à sério, há? Foi isso que gostei neles, eles tem noção do que são, e, portanto, tratam apenas de se divertir no palco. Mas chega dessa nóia. Em seguida veio o tal de DellaMarck. Jesus abençoado, eu não consigo saber até agora se o vocalista era homem ou mulher – um homem ou mulher hediondo, diga-se. Eu não entendi uma sílaba sequer do que essa criatura cantou durante sua apresentação e, como comentou a garota simpatíca com quem eu fazia piadas o tempo todo, até o momento do Cardigans chegar no palco, era melhor mesmo não entender coisa alguma. E chega desses andróginos que juram pela mãe deles que são hardcore. Chegou o momento esperado? Que nada, Gang of Four tocou primeiro – saquinho. Eu não fazia idéia que se tratava de uma banda de dinossauros, mas era uma banda bacaninha, com energia e som legaizinhos. Fica aqui o registro que esses caras beberam na fonte do Talking Heads, ok? E quando o vocalista trouxe para o palco um taco de baseball e um microondas Sanyo 30 litroseu tive certexa disso. Para compor – bem na linha Talking Heads – o estilão “mamãe, somos indies”, ele fez parte do som da bateria esmurrando o microondas com o taco de baseball. E eu aqui em casa louco para ter um forninho 30 litros desse! Se ele não queria mais, porque ele não deu o item para quem estava precisando, heim? Judiação, ora vejam. Mas enfim, a banda era bacaninha – nada além de bacaninha – mas não fazia muito o estilo da maioria do público ali.
Então, SAIAM COADJUVANTES!!!!!
E começou a arrumação de praxe no palco. E não é que, de repente, aparece o Bengt para colocar ele mesmo uns pratos na bateria e dar uma averiguadinha básica? Todo mundo delirou! E ele ali, se achando apenas um contra-regra, Jesus amado! E ele voltou para o backstage.
Mas, não levou muito tempo eeee a BANDA ENTROU!!!
Primeiro o Bengt, depois o Magnus, o Lars e o Peter, todos preparando o terreno com “In The Round” para, por último, a entrada da Nina!!
Aí todo mundo foi a loucura. A banda começou meio devagar, mas sentiu que tava todo mundo ali à espera deles, plena 3 horas da matina, e o público todo cantando certinho cada verso da música junto com a Nina. Aí, não teve jeito, a banda sentiu a energia do público e eles se animaram. Aí rolou uma emplogação tão grande que aconteceu de um tudo, inclusive a Ilha do Cascaes mostrando a qualidade paupérrima do material. Primeiro o Peter subiu na base do teclado e bateria para se animar lá com a Nina e o Lars e, na saída, caiu um tombo de costas no palco, tocando a guitarra e tudo. A Nina e o Lars se mataram de rir, mas o público deu apóio e fez que não era nada. Tadinho do Peter, ele é uma gracinha! Depois, a Nina, animada durante uma das músicas, socou o pedestal do microfone no chão e sentiu que aquilo não deu muito certo e disse para nós, sempre sorrindo: “This is not strong!”. Foi aí que, durante a música, um dos contra-regras (dá para chamar assim num show?) se ajoelhou aos pés da Nina e ficou consertando o estrago. Ela, fofíssima e pra lá de simpática, simplesmente abaixou uma das mãos e ficou acariciando a orelha dele!!! Que lindo!!! Todo mundo amou – e o contra-regra deve ter amado mais ainda, claro. Depois disso ela comentou que tinha conversado com ele naquele dia algo que eu não consegui entender o que era, por conta do barulho no momento. Por último, lá pela parte final do show, o Magnus sentou-se no chão e ficou tocando ali um pouco…quando ele levantou a Nina olhou para o público, apontou para o chão e disse: “Ladies and gentlemen, there is a hole on the stage!”. Todo mundo virou o cabeção para olhar, é óbvio. Mas a banda estava muito animada e feliz com a energia da apresentação, e não se incomodou com nada disso, levando todas essas adversidades com bom humor – inclusive quando a produção tratou logo de levar um tapume imenso para cobrir o buraco no palco!
Bem, eu até leve a câmera fotográfica da ex-namorada do meu irmão, mas como se trata de um modelo daqueles Sony P-72 que já podem ser considerados antiquésimos, aí, já viram né? Parece foto de estrela ou galáxia feita por um teléscopio. “Olha, é a Nina”. “Esse borrão aqui? Nunca!”. Fiz uns vídeos também, mas a qualidade é só ligerimente acima de 4 e meio. Dá para ver, por exemplo, o momento que o Magnus sentou – e esburacou o palco – e quando o Peter, logo depois, foi lá tapar o buraco com um pano – que amor ele!!!! Para quem quiser arriscar, aí estão eles, via YouTube para assisitir. O setlist segue antes – foi mais ou menos este, captado no Orkut, visto que minha euforia era tanta que não deu para lembrar a ordem exata. Mas deve ter sido isso mesmo.

1.In The Round
2.Rise and Shine
3.You’re the Storm
4.Little Black Cloud
5.Erase and Rewind
6.Hanging Round
7.Don’t Blame Your Daughter
8.For What it’s Worth
9.Live and Learn
10.Lovefool
11.Godspell
12.I Need Some Fine Wine
13.My Favourite Game
Bis:
14.Communication

httpv://www.youtube.com/watch?v=n-Hla-ESHzE

httpv://www.youtube.com/watch?v=Nmm15xQf3Jg

httpv://www.youtube.com/watch?v=taXDGsMTiLU

httpv://www.youtube.com/watch?v=HvahacAS9oY

httpv://www.youtube.com/watch?v=DeFwtkupWuw

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Muse – “Starlight” (dir. Paul Minor). [download: vídeo]

Muse - StarlightO vídeo do mais recente single do novo álbum da banda britânica Muse não é nada de muito inovador, mas exerce seu efeito. Filmado em um enorme navio cargueiro, com a banda em cima de um heliporto, nos momentos de clímax da canção são expostas sequências norturnas onde a banda toca enquanto fogos de artíficio, ou sinalizadores náuticos – não sei ao certo – são liberados ao fundo. Não há nada de muito novo aqui, mas o vídeo não precisa fazer muito mesmo, já que a música “Starlight” é um espetáculo por si só – trate de baixar o disco Black Holes and Revelations logo aqui pelo blog, se você ainda não o fez.
Baixe o clipe pelo link a seguir:

http://rapidshare.de/files/28342377/Starlight.wmv.html

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Toni Collette & the Finish – “Beautiful Awkward Pictures” (dir. Nash Edgerton). [download: vídeo]

Toni Collette & the Finish - Beautiful Awkward PicturesDescobri esta manhã que Toni Collette vai lançar, junto uma banda chamada “The Finish”, um álbum. Não fazia idéia disso. Bem, já que tratei aqui de explicitar minha ignorância sobre o fato, me encarrego agora de ajudar a esclarecer ainda mais a situação para aqueles que, como eu, foram surpreendidos pela notícia. Apesar do álbum ainda não ter sido lançado, o vídeo do primeiro single, “Beautiful Awkward Pictures”, já foi feito, e a moça mesmo é que liberou o arquivo no “You Tube” – impressionante como em um espaço de apenas dez anos a internet transformou-se em um mídia poderosa, não?
O vídeo, inicialmente, tem aquele sabor “Yellow” de ser, e tanto a música quanto o curta foram criticados por alguns internautas em famosas comunidades de divulgação de vídeos na internet. Tudo bem: de fato a inspiração do vídeo é claramente “coldplayana”, digamos assim, mas não vi problema algum, ao contrário de todo mundo, em ela ficar parada, sem ação, diante do acontecido. E, uma vez que ambos somem no final do vídeo, imagino que tudo tenha sido meio que uma ilusão, ou então foram sobrepostos pela maré, o que deixa a estória do vídeo ainda mais intrigante e interessante. Eu, particularmente achei bem simpático, só me resta a dúvida sobre os dotes de Toni como cantora e compositora, dúvida esta que qualquer pessoa poderá solucionar tão logo o álbum vaze na net – eu já disse que a internet é mesmo uma mídia poderosa? 😉

Baixe o vídeo usando este link.

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Elton John – “I want love” (dir. Sam Taylor-Wood). [download: vídeo]

Elton John - I want loveEste é um clipe estranho: um vídeo difícil de encontrar na internet – o que me levou à uma verdadeira peregrinação até chegar ao MSN e descobrir como baixá-lo de lá -, de produção enxutíssima, de um artista como Elton John, pelo qual já nutri algum gosto, mas que perdeu qualquer interesse para mim desde que começou a requentar músicas em funerais, com uma música que não é nada de mais…nada disso deveria chamar a minha atenção. Mas o charme aqui tem uma só fonte: a participação algo supreendente do ator americano Robert Downey Jr. E o mérito é todinho dele: de maneira despretensiosa, com um cantar algo murmurante, o ator vagueia por uma mansão incomodamente vazia e iluminada pela luz do sol, dublando a voz de Elton John em uma única tomada, sem cortes. Mesmo não sendo exatamente bonito, o rapaz – bem, ele já não é mais um rapazinho – é muito charmoso e, além disso, conta a seu favor o fato de ser um cara totalmente fora do padrão certinho e super-família dos astros americanos: ele já foi preso por uso de drogas e ainda foi confirmado como tendo distúrbio bipolar e ser maníaco-depressivo. E depois de anos de encrencas e um bom tempo na prisão, o cara ainda consegue angariar a simpatia do público, mesmo em um clipe simples e dublando uma música de Elton John! – isso é mais do que suficiente para mostrar que o rapaz tem grande carisma mesmo. Baixe já o vídeo pelo link abaixo.

http://rapidshare.de/files/29918493/I_Want_Love.wmv.html

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Bic Runga – “Say after me” (dir. ?). [download: vídeo]

Bic Runga - Say after meClassuda ao extremo no disco Birds, Bic Runga acertou em cheio no clima do clipe para a música “Say After Me”. Como incita a primeira parte da música, a ambientação da sequência inicial do vídeo e a performance da artista é totalmente cabaret. Com o avançar do elegante climax orquestral da canção, um belíssimo espetáculo composto de fogos de artifício serve de fundo para a focalização dramática e algo teatral da câmera e o caminhar glamouroso da artista neo-zelandesa. É a perfeita transposição para imagem da sonoridade da canção. Baixe já o vídeo pelo link a seguir.

http://www.bicrunga.com/bicrunga-sayafterme-vhigh.mov

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“Men’s First Friend”, de Allen Mezquida. (vídeo download)

Men's First FriendDando uma pausa nos vídeos musicais e voltando-se um pouco para os curtas, aproveite este vídeo divertido e muito bem feito que retrata brevemente o cotidiano incômodo de um homem das cavernas – que parece não ter mudado muito para o homem de hoje – e tenta conjecturar, com muito humor, sobre o momento crucial que criou a relação de fidelidade e compreensão entre o homem e o cão. Quem ama cachorros vai adorar o lépido e simpático canino da animação. Faça download pelo link abaixo.

http://rapidshare.de/files/28288347/mens_first_friend.mov.html

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Muse – “Knights of Cydonia” (dir. Joseph Kahn). [download: vídeo]

knights_of_cydoniaEita, o vídeo da última canção do mais novo disco do Muse é uma piada só. A banda satiriza de uma vez só filmes do gênero western, de ficção científica, de kung-fu e sobra até para “Planeta dos Macacos” e “O mágico de Oz” – ou já estou vendo coisa demais? Copiando toda a estética de filmes clássicos, dos créditos iniciais aos finais, não há como não evitar cair na gargalhada com tamanho disparate. A intepretação dos atores é pra lá de intencionalmente canastrona, o protagonista tem cara de ator pornô dos anos 70/80 – hummm…. -, e a estória do curta é sem pé nem cabeça – mas é tão divertido! E ainda somos presenteados com um Cris Wolstenholme à moda cowboy – huuuuummmmmm… (parte 2). Baixe já o vídeo pelo link abaixo!

http://streamos.wbr.com/download/wbr/muse/071406/muse_knights-of-cydonia_700.mov

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Fiona Apple – “Criminal” (dir. Mark Romanek). [vídeo]

Fiona Apple - CriminalA deliciosa canção “Criminal”, um dos maiores êxitos do primeiro do disco da então estreante Fiona Apple, ganhou um vídeo lascivo e lento, que evidencia o charme e a sensualidade da composição e da compositora com uma câmera nada apressada e com muitíssima elegância. O curta é quase todo filmado às sombras, cujo cenário escondido é revelado somente com uma luz que se move pelas cenas e que transforma a irís dos olhos de Fiona em algo reluzente – e o olhar de felina predadora, que contrasta com seu comportamento por vezes ingênuo, lhe cai muito bem nesse vídeo.

ARVE Error: need id and provider
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The Horrors – “Sheena is a Parasite” (dir. Chris Cunningham). [download: mp3]

The Horrors - Sheena is a ParasiteDepois de muito tempo sem criar um vídeo musical sequer, o idolatrado diretor Chris Cunninghamvolta de maneira retumbante com o vídeo para a canção “Sheena is a Parasite” da banda The Horrors. O vídeo, curtíssimo, é delirantemente rock do início ao fim e traz contrastes muito bem bolados: primeiro, mostra o baterista e o baixista da banda – estraaaanha, por sinal – quase zumbizantemente estáticos, enquanto o guitarrista, o tecladista e o vocalista da banda se rasgam em uma performance totalmente “rocker”, acompanhados pela performance excruciante, visceral, teatralíssima e escancarante da atriz Samantha Morton, que faz você jurar que a Sheena é mesmo um parasita, um demônio, um monstro, um alienígena, uma coisa qualquer que, com certeza, não é humana – eu andaria com cuidado pela Inglaterra depois de ver este vídeo…não iria querer topar com essa mulher na rua nem de brincadeira. Segundo, o crueza do cenário contrasta diretamente com os efeitos elaboradíssimos que mostram a metamorfose monstruosa de Sheena…se algum homem me disser que ainda vai querer levantar um vestido feminino depois de ver isso eu vou ter certeza que este é um homem corajoso. Baixe já o vídeo e experimente toda a crueza do rock, através de um dos links abaixo. Parasite-me, Babe!

http://rapidshare.de/files/25914874/the_horrors_sheena_is_a_parasite.wmv.html
http://www.yousendit.com/transfer.php?action=download&ufid=3788E2416D8E7B2D
http://rapidshare.de/files/25913514/the_horrors_sheena_is_a_parasite.flv.html

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Gotan Project – “Diferente” (dir. Prisca Lobjoy). [download: vídeo]

Gotan Project - DiferentePara completar o kit Gotan Project, não poderia faltar um clipe. E o escolhido é o curta bem bolado do single “Diferente”. Aparentemente, o vídeo apresenta apenas um jogo visual para acompanhar o ritmo da canção. Contudo, ele acaba revelando ao seu final, no derrame delicioso da orquestração, que o casal que protagoniza algumas cenas do curta traz uma revelação interessante. É ao descobrir essa sutileza bem arquitetada que se entende o porque da manipulação visual e surge o questionamento: o que era reflexo e o que se configurava, ali, como realidade? Um belo trabalho. Baixe o vídeo no formato .FLV e assista-o usando um programa como o VLC Media Player.

http://rapidshare.de/files/25239032/gotan_project_diferente.flv.html

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