Ao tentar obter os serviços de ocultismo de uma senhora para que sua esposa volte, Anton acaba descobrindo que não é um humano normal e integra um mundo dividido em duas partes: os guardiões da noite, seres da luz, e os guardiões do dia, seres da escuridão. Ambos os lados trabalham, cada qual em seus turnos, para evitar excessos e preservar uma trégua que foi estabelecida pelos líderes de ambos os lados há séculos atrás. Mas os atos de Anton estão prestes a desfazer esse equilíbrio.
Definitivamente, o cinema comercial do século XXI não tem mais fronteiras definidas. “Guardiões da Noite” só é russo por ser falado, primordialmente, na língua desta terra, já que todo o resto passaria muitíssimo bem por cinema americano: o uso constante de efeitos especiais, as tomadas esvoaçantes, a fartura de câmeras lenta e acelerada, a estilização da fotografia e da edição, o ritmo frenético e esquizofrênico e o roteiro adaptado, cuja mirabolância catastrófico-messiânica urbana está tão dentro do que já foi padronizado no gênero fantástico que a trama poderia ser ambientada em qualquer grande espaço urbano do mundo, tornando sua origem russa apenas acessória para agregar-lhe quase obrigatoriamente um status cult. Copiada a fórmula do cinema americano, consequentemente, seus problemas também tendem a ser carregados junto: os efeitos especiais, particularmente os digitais, surgem um tanto desnecessários e gratuitos um bocado de vezes – eu chamaria isso de síndrome CSI, ou seria síndrome dos irmãos Wachowski? -; as sequências de ação constantemente tomam espaço do aprofundamento da trama e do desenvolvimento dos personagens e o frenetismo da edição faz uma simulação um tanto excessiva do universo videoclípico. Ainda assim, a trama básica do filme, que ao modo americano, não poupa as possibilidades de extender-se por mais um ou dois capítulos (como de fato aconteceu com o livro em que é baseado o filme), é razoavelmente mais interessante do que boa parte do que é lançado anualmente pelos americanos nos domínios do gênero fantasia. Como diversão e passatempo, “Guardiões da Noite” cumpre o seu papel tão bem quanto qualquer arrasa-quarteirão americano abastado mas, como também acontece com a maior parte deles, o esquecemos de modo tão automático quanto qualquer afazer mais trivial, logo que finde o seu último minuto.
Baixe o longa-metragem utilizando o link a seguir.
http://www.megarotic.com/pt/?d=T2W5DJQ4
Deixe um comentárioOBS: infelizmente, só encontrei link para o filme em cópia dublada. Se encontrar outra posto por aqui.