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seteventos Posts

Prévia: “United 93”, de Paul Greengrass.

Previa: United 93Tudo bem, há de se compreender a dro desolamento dos americanos com os eventos do 11 de setembro – apesar de que não se deve esquecer do cárater cosmopolista das vítimas, pois os mortos não foram somente de nacionalidade norte-americana. Porém,fazer um filme sobre o único dos aviões que não atingiu um alvo, espatifando-se no chão do estado da Pennsylvania depois da ação dos passageiros contra os terroristas, já é demais. Isso mesmo: um filme sobre o ocorrido. Acho que vocês já tiveram o bom senso de perceber que as chances de algo assim resultar em bom cinema são ínfimas, não é mesmo? Quer mais um dado que confirma as chances disso ser verdade? Aí está: a produção do filme foi toda feita, segundo noticiado, com o apoio dos parentes das vítimas do vôo. Pronto, isso basta. Claro que só podemos confirmar e comentar sobre a qualidade do filme depois de assisti-lo. Porém, em se tratando de um filme americano que fala sobre este evento, já dá para prever o tom da estória: ufanismo exacerbado, demonstrações de heroísmo e honradez do americano comum, enaltecimento da nação americana. Ou você acha mesmo que uma produção feita envolvendo os parentes dos mortos não ia dar este tratamento à estória. Recomendação de equipamento indispensável para acompanha-lo na pareciação do longa, quando de sua estréia: saco de vômito. Tudo bem que o filme pode ser bom (quase impossível), mas não custa se prevenir. Lembrem que nem todo mundo enjôa em uma viagem de avião, mas os tais saquinhos estão sempre estrategicamente à disposição dos viajantes. Clique no link abaixo para assistir ou baixar o trailer do filme. E não esqueça de opinar e deixar suas impressões usando os comentários!

http://www.jurassicpunk.com/clips/United.93.trailer.mov

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“Manderlay”, de Lars Von Trier.

ManderlayDepois da experiência em Dogville, onde a presença de Grace alterou os rumos da vida de todos os que lá viviam, a jovem chega a Manderlay, acompanhada de seu pai e seus gangsters. No momento em que se preparavam para ir embora uma mulher negra implora por socorro. Entrando nas dependências da fazenda descobrem que os proprietários do local mantém o regime da escravatura, mesmo depois de 70 anos de sua abolição. Grace interpela pelos escravos subjugados e decide ali permanecer, acompanhada de gangsters de seu pai, até garantir que os ex-escravos descubram como (sobre)viver em regime de liberdade e que seus ex-senhores tenham assimililado a concepção de que eles agora são livres e tão plenos de direitos quanto eles próprios.
Lars Von Trier é, como alguns diretores que constroem um projeto cinematográfico, presunçoso e ególatra. Porém, vindo dele isso é plenamente aceitável, já que ele possui todos os fundamentos para sê-lo: o diretor dinamarquês é um dos cineastas vivos mais geniais. Enquanto a imprensa propaga que o cinema oriental é a vanguarda do novo século, Von Trier mantém o trabalho mais verdadeiramente coeso, ousado e “avant-garde” da atualidade, criando e recriando seu cinema de uma forma inimaginável.
Apesar de avaliar o primeiro filme da chamada trilogia “Terra das oportunidades” como o mais fraco já produzido por Von Trier, ainda assim um filme seu é sempre melhor do que a maior parte do que é lançado durante todo o ano. Meus problemas com “Dogville” são a sua estética seca, seu argumento um pouco infantil e a óbvia presença de Nicole Kidman, que apresentou uma boa atuação mas que também causou enjôo, já que na época ninguém conseguia pisar em uma videolocadora sem trombar com algum dos inúmeros filmes que ela vinha fazendo. No entanto, em “Manderlay” Lars conseguiu amadurecer sua crítica aos Estados Unidos e à seu povo, concebendo uma fábula mais sombria e desesperançada.
À exceção de Lauren Bacall, que marca uma presença rápida como outro personagem, e do onipresente Jean-Marc Barr – ator fetiche do diretor dinamarquês – os personagens que marcaram presença no filme anterior retornam neste longa personificados por outros atores. Grace, por exemplo, muda de aparência, sendo aqui interpretada por Bryce Dallas Howard – filha do diretor Ron Howard. Esta é uma idéia interessante do diretor, já que ao mesmo tempo que abre caminho para novas nuances na personalidade do personagem ainda tem a obrigação de preservar os traços que foram anteriormente apresentados. Isso acabou gerando um problema, percebido por alguns críticos: Grace volta neste filme com um furor idealístico ainda maior, reforçando o caráter ingênuo da personagem. Isso não deixa de ser uma contradição, visto a experiência que Grace viveu em Dogville. No entanto, também não deixa de ser relevante a insistência nestes mesmos traços da personalidade da jovem ruiva, já que tudo nela é uma metáfora da América e de sua cruzada pela justiça, liberdade e democracia pelo mundo.
E já que entramos na questão do simbólico, qualquer pessoa mais esclarecida que assista ao novo filme de Lars Von Trier vai reconhecer na estória uma analogia à invasão americana ao Iraque: os delírios idealistas de Grace; a imposição na vida alheia daquilo que acha moralmente correto, e com o uso da força, se necessário; seus atos baseados em decisões impensadas; sua ingênua ignorância das diferentes concepções de valores e conceitos – tudo remete ao modo de pensar e agir da América e da maior parte de seu povo.
A cenografia da segunda parte da trilogia continua minimalista: um palco com fundo escuro, iluminação teatral, objetos cenográficos pontuais, marcações no chão propositalmente visiveis. Já comentei não ter gostado do experimentalismo teatral em Dogville, mas é fato que neste segundo filme o público já entra mentalmente pré-disposto a assimila-lo mais rapidamente. E Lars consegue mostrar estranha simbiose entre o visual desidratado da ambientação das cenas e o esporádico uso de alguns efeitos especiais muito bem aplicados, que servem de apoio direto ao argumento do filme. O efeito de uma tempestade de areia em pleno palco, por exemplo, é ao mesmo tempo de constraste e complementação.
Depois de toda essa experiência de cinema, ironicamente concebida com uso violento de recursos teatrais, Lars ainda reserva uma surpresa – das mais chocantes – nos créditos finais do filme, ao som da famosa canção “Young Americans” do britânico David Bowie. Não cometa o pecado venial de parar o longa antes de observa-lo até o fim. O diretor dinamarquês evita poupar seu público até mesmo neste momento, normalmente a sequência mais puramente formal de um filme. Lars Von Trier não tem mesmo quaisquer pudores em concretizar suas idéias, por mais doentias que possam parecer.

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Tori Amos – From The Choirgirl Hotel. [download: vídeo]

Tori Amos - From The Choirgirl HotelComo a própria Tori afirmou, lá se foi uma trilogia formada – obviamente – por Little Earthquakes, Under The Pink e Boys for Pele. Em 1998 ela surpreende os fãs novamente com um álbum que introduz novas nuances em seu estilo musical. Já de começo, Tori Amos decide chamar músicos para formar uma banda que, além de gravar o álbum com ela acompanhe-a pela turnê do mesmo. Isso acabou tendo efeito definitivo de mudança sobre seu método de composição musical: pela primeira vez ela trata seu piano de igual para igual com os outros instrumentos, sem fazê-lo sobrepujar todas as outras sonoridades presentes na música.
Não bastasse esse caráter coletivo das melodias do álbum de 1998, em from the choirgirl hotel Tori flerta abertamente com a sonoridade eletrônica – sempre com o devido balanceamento com os outros instrumentos que marcam presença na melodia. Exemplos de músicas que tem “um pé” na música eletrônica são “Cruel” – deliciosamente inovadora para o estilo de Tori, surpreende pela total e absoluta ausência do piano – e “Raspberry Swirl” – com um Bösendorfer frenético que insiste em uma competição ensandecida com as sonoridades usurpantes do teclado.
Pouco depois de lançar o álbum Tori revelou que sua inspiração principal ao compô-lo foi um aborto que sofreu no decorrer da tour “Dew Drop Inn”, que promoveu o álbum Boys for Pele. Esse fato é insinuado em muitos momentos de from the choirgirl hotel, como na canção “Playboy Mommy” e também em “Spark”. Por ter como fato gerador um acontecimento que causou à Tori tamanha dor, o álbum acaba por apresentar no seu todo uma identidade soturna, estranha, melancólica e mórbida. As baladas, como sempre, são repletas de confusão sentimental, ironia, ódio e confessionalismo caleidoscópico – exemplos de canções do álbum neste estilo são “iieee” – com uma melodia que nos incita um ritual ocultista -, “Northern Lad” e “Liquid Diamonds” – ambas canções extraordinárias. Poucos artistas hoje fazem o que Tori Amos decidiu arriscar fazer naquele momento, dando uma guinada em sentido contrário no trabalho que vinha desenvolvendo até então. Apesar de ter sofrido críticas desde o lançamenteo deste disco – críticas irrelevantes, na minha opinião – , não se pode deixar de concordar que é muito mais difícil procurar novos caminhos, tentando promover uma evolução (não exatamente no sentido qualitativo do termo) do seu trabalho do que “deitar-se confortavelmente em berço explêndido”, aproveitando o sucesso fácil daquilo que já está mais do que trilhado e dissecado. Atitudes como estas são cada vez mais raras, infelizmente. Link para download abaixo.

http://rapidshare.de/files/11835786/fromthechoirgirlhotel.zip.html

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“Perestroika: The Great Pretenders”, de Ryosuke Aoike. [download: vídeo]

Perestroika - The Great PretendersO processo de reforma no sistema econômico que regia o sistema de governo da União Soviética é ironizado neste curta metragem de animação extremamente espirituoso. Três personagens com nomes tipicamente russos – Boris, Alexei e Kopek – descobrem que a melhor maneira de suportar a escassez de recursos ocasionada pelo sistema da URSS era fingir que eles viviam na mais completa bonança. A idéia toma-os de assalto e eles passam a fingir absolutamente tudo – desde fingir estarem comendo um amendoim inteiro (!) até fingir que assistem TV por assinatura. Não é exatamente o tipo de vídeo de humor que leva a gargalhadas tortuosas, mas que explora de maneira inteligente e sádica o lado nada feliz da vida dos que viveram na extinta União Soviética daquelas eras. Baixe o vídeo .SWF pelo link abaixo e assista no seu navegador de internet.

http://www.nmpft.org.uk/baf/2005/films/flash/PERESTROIKA.swf

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Massive Attack – “Butterfly Caught” (dir. Daniel Levi). [download: vídeo]

Massive Attack - Butterfly CaughtA música hipnótica e sombria do álbum 100th Window, com algo sutil de instrumentação inspirada em sonoridades orientais, ganha um vídeo completamente dentro deste espírito. Robert Del Naja, mais conhecido como “3D”, canta absolutamente imóvel – tendo apenas a companhia de uma irresoluta mariposa – em um quarto quase vazio enquanto olha o ambiente urbano da noite que pode ser visto por uma janela à sua frente. Com o avançar da música, o corpo do artista é coberto lentamente por tatuagens negras, conferindo-lhe a aparência de um híbrido homem-mariposa, ou algo que possa ser tão assustador quanto isso. Imperdível tanto pela canção quanto pela concepção visual. Baixe o vídeo .MOV utilizando este link.

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The Boy / Março 2006: todo Fernando Casarin [fotos]

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Fernando Casarin é o modelo de Março de 2006 do The Boy. O rapaz possui algo de tempero latino na sua beleza jovial. Porém, não se trata daquela beleza latina já tão estereotipada, mas daquela que suscita a origem européia da latinidade presente na América: os traços do rapaz tem o que conheço de melhor em italianos e espanhóis, por exemplo. E quem resiste à essa latinidade tão inclassificável e, por isso mesmo, tão brasileira? Coroando as feições do mancebo ainda temos a sua juventude, sua pele de uma morenice cativante, seu sorriso maroto. O olhar de Fernando é um caso que merece ser discutido à parte: seu olhar terno ganha diferentes feições nas fotos em que o garoto usa óculos. Ali ele apresenta ainda mais atrativos, perfazendo ares mais sérios, contemplativos, dirigindo um olhar mais inquisitivo, perscrutador: a impressão que se tem do olhar dele nesta sessão de fotos é que ele te “come com os olhos” (ai, Jesus!). E é nas fotos do ensaio fechado – ousadas como sempre, para nosso prazer – que se nota outra característica de Fernando: há ou não há algo de Malvino Salvador neste menino? Se um Malvino já é bom, imagine outro…Aproveite o álbum aberto e o álbum fechado deste moreno maroto. Confira abaixo o inspirado trabalho do fotógrafo Cristiano Madureira com Fernando Casarin.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site The Boy com o modelo Fernando Casarin.

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“Capote”, de Bennet Miller.

CapoteAo tomar conhecimento do assassinato de toda uma família em Holcomb, uma cidadezinha interiorana dos Estados Unidos, o jornalista e escritor Truman Capote parte para o local para escrever um artigo sobre o acontecido para a famosa revista The New Yorker. Ao chegar na cidade o seu interesse sobre o ocorrido se amplia, e ao invés de um simples artigo Capote sente que deve escrever um livro. Assim, ele passa a dedicar alguns anos da sua vida envolvendo-se intensamente com a estória, fazendo pesquisas e entrevistas com os amigos da família e seus assassinos, produzindo aquilo que viria a ser considerado uma obra-prima, o livro “À sangue frio”.
Bennet Miller foi sábio e astuto ao decidir sobre a estrutura de sua cine-biografia de Capote: ao invés de se utilizar de todo o material disponível no livro de Gerald Clark resolveu retratar apenas o breve período que descreve a gênese do livro mais famoso do jornalista americano. Com essa decisão, Miller evitou uma enxurrada de sequências desnecessárias e tornou “Capote” uma das melhores biografias filmadas por Hollywood nos últimos anos, afastando do seu filme o traço mais comum em obras do gênero: a pieguice e apelação ao sentimentalismo fácil produzidos em cima de momentos dramáticos da vida do biografado. Porém, o longa metragem de Bennet Miller não se contenta apenas com a função de retratar o figura de Capote, formando ainda um discurso notadamente contrário à pena de morte ao explorar o sofrimento do jornalista durante o longo processo de sucessivas apelações para cancelamento da pena concedida aos crimininosos. O diretor também foi inteligente ao escolher o tom de seu longa-metragem, construindo um silêncio inquietante e seco durante todo o filme, o que torna ainda mais brutal a chocante sequência que retrata os assassinatos. Nada mais sensato: o silencio que percorre a maior parte de “Capote” é análogo àquele encontrado nas comunidades mais tradicionais dos Estados Unidos, que sempre tem algo de soturno e mórbido escondido sob sua atmosfera de aparente tranquilidade – quem conhece o trabalho de David Lynch sabe muito bem disso.
A atuação de Phillip Seymor Hoffman é, de fato, excelente: o ator soube incorporar o tom certo para não retratar de forma caricata um intelectual homossexual, construindo um Truman Capote que é sim egocêntrico e afetado, mas nunca é fresco e arrogante. Deve-se dar o devido mérito ao ator por conseguir atrair a simpatia do público ao compor um personagem que poderia facilmente ser mal compreendido por um ator menos atento. Mas Hoffman soube captar as sutis nuances do personagem: apesar de acreditar ser insensível à situação e pensar estar apenas usando os criminosos com o intuito de produzir seu livro, Capote se descobre sensibilizado com a estória dos assassinos e do crime em si, e acaba profundamente deprimido pelo misto de carinho e horror que nutre pelos homens reponsáveis pelo crime que queria retratar. É por compor um trabalho tão complexo que Hoffman merece o Oscar de melhor intepretação que ganhou este ano. E já que estou falando de Oscar, é bom informar que Miller consegue deixar para trás o celebrado – com justiça, admito – filme de Ang Lee, conseguindo fazer de seu sutil e brutal “Capote” o maior merecedor dos prêmios da Academia. No entanto, mais uma vez, Hollywood se recusou à ser sensata.

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The Killers – Hot Fuss. [download: mp3]

The Killers - Hot FussApesar da mesmice e irrelevância artística da maior parte daquile que é produzido em termos culturais hoje em dia, seria levianidade afirmar que nada mais interessa. Há sempre artistas que surgem e surpreendem, ainda que em número reduzido. O trabalho por eles apresentado pode talvez não se apresentar como um mundo de inovação mas como uma retomada vigorosa daquilo que já conhecemos – o que não é pouco. A banda americana The Killers é a mais nova representante deste fenômeno, e já conseguiu chamar a atenção com apenas um álbum lançado na praça. Em Hot Fuss, a banda espalha uma sonoridade que não soa estranha ao ouvido de alguem com mais de 25 anos, pois a voz e empostação cool/cult do vocalista, bem como as melodias que dosam guitarras harmônicas e teclados esquematizados suscitam os melhores momentos do pop que foi chamado de “New Wave” nos anos 80 e ainda início dos 90. Porém, não se trata puramente de uma retomada, já que a banda consegue ressuscitar a alma do pop do fim do século passado sem soar nostálgica, incorporando pós-modernidade em suas canções ao mesclar de forma competente diferentes gêneros musicais. Pelo menos em seu álbum de estréia, The Killers mostra que é muito boa em compor músicas que se mostram candidatas à hits imediatos. Seus B-sides também são tão bons quanto as músicas que ganharam o direito de configurar o álbum, algo não tão fácil de acontecer quanto se pode pensar. Como não poderia deixar de ser, algumas faixas são destaques absolutos no álbum, como é o caso da faixa de abertura, “Jenny was a friend of mine”, um rock de com simetria melódica perfeita que fala sobre um amante que perde a sensatez e a noção de limites. “I’ll the things that I’ve done” e “Andy you’re Star”, com refrões acompanhados por backing vocal de inspiração clara em coros gospel, sintetizam muito bem rock e blues. “Everyting will be alright”, e em menor grau “Somebody told me”, surgem na descendência do pop eletrônico que varreu a Europa no fim do século passado, sem deixar de sobrepor na sua melodia a contemporaneidade da banda. E para fazer jus ao comentário que fiz sobre os B-sides, “Glamorous Indie Rock and Roll” simultaneamente é uma ode extravagante ao amor e ao gênero musical que cita. Ao fim de sua audição, Hot Fuss é o atestado sonoro do encantamento que sempre irá possuir o gênero musical que nasceu sob a aura da rebeldia e trangressão, amadurecendo e sobrevivendo a sucessivas gerações sem nunca perder o seu vigor juvenil. Link para download depois da lista de faixas.

http://rapidshare.de/files/14085641/Hot_Fuss.rar

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“An Eye For Annai”, de Jonathan Klassen & Daniel Rodrigues. [download: vídeo]

An Eye For AnnaiSingelo e delicado vídeo de animação que mostra a breve jornada de uma criaturinha chamada “Annai”, que parte em busca da solução para a amargura de possuir um olho só. A trilha do vídeo é feita por uma flauta doce que entoa acordes sutis que se adaptam com ligeiras modificações a sequência que é retratada e relembra ainda trechos de melodias que já soaram na infância de qualquer adulto. A estória é ingênua e sutil, retratando a forma como são ignoradas pessoas que não se enquandram no perfil idealizado pela sociedade. Apesar da melancolia da animação, o final mostra Annai encontrando de forma inesperada uma solução para o seu problema através de compreensão e conforto oferecido por alguém diferente como ele(a). Assistindo à essa bela mini-fábula lembrei-me dos inúmeros desenhos de origem desconhecida que eram apresentandos nas redes de telvisão há muitos anos, particularmente na TV Cultura – quando ela ainda era um canal sem a tola pretensão de ser “antenada” com a “juventude” da atualidade. Baixe já e aprecie essa raridade!

http://x700.putfile.com/videos/a8-31111272028.mov

OBS: observe o jogo construído com os sons das palavras do nome da animação em inglês: “An eye for Annai” acaba soando como “an eye for an eye” (um olho para um olho). Nada mais gracioso do que a ludicidade dos fonemas, algo tão utilizado para entreter crianças. 🙂

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Paparazzo: todo Alexandre Slaviero [fotos]

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Pode parecer surpresa para alguns, mas este rapaz deste ensaio do Paparazzo não me apetece tanto. Ou pode nem ser supresa para ninguém, já que todos sabem que sou um chato mesmo. Alexandre Slaviero é moreno, gostosinho, um rostinho atraente, tem pelos suaves distribuidos pelo corpo e peito e abdômen lindos de lamber. No entanto, algo nele me causa alguma distância – o rosto dele nas fotos de sunga vermelha na piscina, por exemplo, está muito estranho, exótico por demais. Porém, suspeito que grande parte de minha rejeição seja pelo fato do ator participar da insuportável e onipresentemente televisiva novela Malhação, interpretando mais um daqueles adolescentes que só existem para irritar o resto da humanidade que possui um mínimo de sensibilidade e sensatez. Quem sabe o garoto cresça e mostre querer mais da vida do que simplesmente afundar na areia movediça do estigma da novela “teen” – deus me livre usar esse termo no meu blog novamente. É esperar para o amadurecimento do menino. Enquanto isso, dá para se sujeitar á algumas maldades com ele assim mesmo – afinal de contas, eu disse que há certas coisas na beleza efebo-lolística-menudística dele que me causa distância, mas não repulsa. Como diria Caetano Veloso em “Fora da ordem”: “eu sei o que é bom”. Atendendo à pedidos, veja já o álbum do rapaz.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site Paparazzo com o ator e modelo Alexandre Slaviero.

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