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seteventos Posts

The Boy / Agosto 2005: todo Bruno Herkenhoff [fotos]

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O modelo louro Bruno Herkenhoff, que foi apresentado no ensaio do mês de Agosto do The Boy, não me interessa tanto. Eu não o classificaria como “bonito”, mas mais ou menos como um pertencente àquela categoria dos modelos “exóticos”: ele tem um rosto normal, mas como não deixa de ser nos modelos do Terra, seu corpo é extremamente atraente – é realmente de babar. No entanto, o conjunto rosto e cabelo – que não chega a ser longo, mas é cheio demais – atrapalha muito, por isso ele não me interessou e caiu no meu conceito. Porém sou obrigada a admitir que Bruno tem dois atributos inquestionáveis: um volume lindo dentro da cueca e uma mão que, pelo que vocês podem ver na fotinho ao lado, sabe dar uma pegada deliciosamente libidinosa do volume. E qual o homem – que goste disso, entenda-se bem – consegue resistir à uma auto-patolada dessa estirpe? Divino maravilhoso, como diria Caetano. Fique à vontade pra se esbaldar com mais um ensaio irretocável do fotógrafo Cristiano Madureira no The Boy.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site The Boy com o modelo Bruno Herkenhoff.

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“24 horas”: 4ª temporada.

24 Horas: 4 TemporadaSendo exibido neste momento pela Rede Globo, a série americana 24 horas enveredou por caminhos mais ousados, tematicamente falando: trata do sequestro do secretário de defesa e a ameaça nuclear em território americano, tudo perpretado por uma família e seus auxiliares, todos descendendo do oriente médio. Alguns estão acusando a produção da série de incentivar o preconceito e a animosidade existente com relação aos àrabes e mulçumanos. É verdade, mas isso ocorre simplesmente pelo fato de que, tendo sido essa a escolha feita para o argumento da série este ano, não existiria modo de evitar um viés preconceituoso na exploração do tema. E isso, com certeza, deve ter sido observado pelos responsáveis pela série. No entanto, a produção deve ter tido coragem (ou imprudência, para quem preferir) de levar a idéia em frente, munindo-se, para sua defesa, da maior qualidade do argumento deste quarto ano: o realismo. Ou alguém ainda acha, depois dos eventos do 11 de setembro, que orientais mulçumanos não poderiam, em pleno solo americano, sequestrar uma figura política do alto escalão e explodir artefatos nucleares? Isso é considerado tão possível de acontecer que, infelizmente, estamos todos apenas à espera de que ocorra. É inegável.
Porém não se pode deixar de lembrar que a série tenta, mesmo que de maneira superficial e insuficiente – talvez por ter de se ocupar com a cadência extremamente complexa dos eventos que ocorrem em cada episódio, obrigatoriamente sincronizados em tempo real -, mostrar que o ódio nutrido contra os ocidentais e os violentos atos de protesto são fruto apenas de uma parcela mais radical e extremista dos orientais mulçumanos. Isso fica claro na cena em que uma personagem diz – ao ver a transmissão do sequestro do secretário americano – para seu chefe, o homem que organiza secretamente o evento: “Não consigo entender como alguns de nossos compatriotas tem coragem de fazer isso”. É um momento breve, mas tenta deixar claro que os eventos ali retratados são um fato possível organizado por algumas pessoas que tem um pensamento fundamentalista, bem diferente do pensamento corrente entre orientais mulçumanos e seus descendentes. Desfeita a polêmica – que só se faz verdade para aqueles que não param para observar cuidadosamente a constituição do seriado, um dos melhores do mundo atualmente – sente-se na frente da TV e aproveite: é diversão garantida.

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The Cardigans – Long Gone Before Daylight. [download: mp3]

The Cardigans - Long Gone Before DaylightLong Gone Before Daylight, álbum lançado pela banda The Cardigans em 2003, é um disco gestado sem pressa e com cautela. Ao menos é essa a sensação que se obtém depois de ouvi-lo por completo. Suas canções tem um tecimento pop tão cuidadoso e requintado que o ouvinte sente vontade de acompanhar o canto sutilmente intenso – e muitas vezes triste e sofrido – de Nina Persson em todas as faixas do disco. Composto por melodias primordialmente acústicas, é o avesso absoluto do álbum anterior da banda, Gran Turismo. A grandiloquência eletro-rock é substituída por melodias essencialmente delicadas e precisas, como a da faixa “You’re the Storm”. Em “Communication”, Nina Persson fala, com voz nostálgica, sobre um romance cujos amantes indecisos não conseguem expor suficientemente seus sentimentos. Em “And then you kissed me” – que possui uma segunda parte no novo álbum lançado ano passado – temos o lamento de uma mulher que alimenta um amor que a assusta, mas do qual não consegue se afastar. A letra do delicioso single “For what is worth” é bastante precisa ao retratar a euforia quase adolescente de alguém que se descobre apaixonado. Faixas como essas – e todas as outras faixas belíssimas do disco – mostram que se o mundo da música pop está infestado de bandas e artistas cuja música soa fútil e ordinária, a saída mais fácil é mesmo culpar as gravadoras e seus executivos. No entanto, quem disse que isso seria mesmo a verdade? Aí está The Cardigans que, com sua música pop sofisticada e apurada, prova que a descartabilidade musical hoje pode mesmo ser uma opção preguiçosa de seus profissionais. Confira com seus próprios ouvidos e baixe o álbum completo agora.

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The Boy / Abril 2005: todo Diogo Veiga [fotos]

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O modelo que foi escolhido para estar no ensaio fotográfico do mês de Abril do The Boy de 2005 é o loiro Diogo Veiga. Diogo não seria por mim listado entre os mais bonitos que já apareceram no Terra, mas tem qualidades, sem dúvidas, inquestionáveis: tem feições extremamente masculinas (ao contário de alguns modelos jovens demais que já posaram e que tem cara de “Dado Dolabella”), pelos na medida certa distribuídos pelo corpo e um torax e abdômen que tem aquela beleza própria de quem nasceu gostoso, sem ter trabalho o corpo em excesso. O rosto do modelo é um pouco rude, mas é aí que reside seu charme. É daqueles homens que não incendiam a sua libido de imediato, mas que te conquistam aos poucos, sem pressa: você começa achando ele gentil, depois já se pega dizendo que ele é simpático e quando menos espera já está achando ele lindo. Aproveite o álbum aberto e o álbum fechado do modelo com fotos feitas pelo fotógrafo Cristiano Madureira.

Clique neste link para conferir todo o ensaio do site The Boy com o modelo Diogo Veiga.

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“A Teia de Chocolate”, de Claude Chabrol.

Merci Pour Le ChocolatMika a proprietária de uma fábrica de chocolates, vive com um grande pianista chamado André, viúvo de uma amiga sua, e com o filho introvertido deste. Após alguns anos juntos eles finalmente se casam. Para surpresa dos três, Louise, uma jovem pianista, surge na casa da família e revela que pode ser filha de André, por ocasião de uma possível troca de bebês na maternidade. Ao tomar contato com a família, Louise percebe que há algo de estranho acontecendo ali.
Chabrol constrói neste seu filme um mapa sobre a mais perigosa fonte de maldade: aquela que é involuntária e impulsionada, de certa forma, por boas intenções. Com o desenrolar da estória, o público começa a perceber que, de certa forma, as fatalidades que se abateram sobre esta família não tenha culpados que possam ser claramente definidos e que todos são responsáveis, em algum grau, por conivência e incredulidade. De forma sutil, discreta, repleta de um charme blasé e sem quaisquer estereótipos, Isabelle Huppert – esplêndida como de costume – consegue transmitir todas as nuances de uma mulher complexa, que age por impulsos que não podem ser definidos de forma estritamente simples. Porém, não apenas Huppert consegue brindar o espectador com uma atuação espetacular – todo o elenco mostra atuações precisas, na exata medida que o personagem exige: alguns contraladamente perturbados, outros descaradamente calculistas, outros ainda ingenuamente displicentes. Com tantos filmes americanos que tentam retratar a maldade presente no ser humano, mas que resvalam nas facilidades do maniqueísmo e da tipificação, é soberbo ver um filme que consegue mostrar que a maior perversidade existente não é a do criminoso ordinário, mas aquela que coexiste nas nuances da personalidade de todos nós.

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Álbum: Rusty Joiner [fotos]

Rusty Joiner é um daqueles modelos que acabam se especializando em um nicho específico da profissão: a modelagem para a mídia que cultua a atividade física, como a musculação, por exemplo. E ele realmente merece estar no seu posto: um loiraço de corpo escultural e que ainda possui um rosto lindo e olhar doce e ingênuo, apesar de ser o supra-sumo da virilidade. Não é um homem pra qualquer um não, tamanha a perfeição do garotão. Apesar de ele gostar de mostrar que fica muito bem despido, com inúmeras fotos insuportavelmente sensuais de sunga, Rusty Joiner também mostra o quanto pode ser atraente vestido da cabeça aos pés: veja as suas fotos com trajes de executivo e me diga se você não quer mesmo conhecer mais de perto a Wall Street, rua de New York repleta de homens vestidos à carater. É de sair correndo na noite de Reveillon para a praia mais próxima para jogar as compras do mês inteiras no mar como oferenda à Iemanjá pra receber um homem desses de presente. Enquanto prepara as caixas com os presentinhos para a entidade afro-brasileira, entre no álbum de fotos de Rusty Joiner e veja com seus próprios olhos essa beldade loura.

Clique neste link para conferir o álbum.

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The White Stripes – Elephant. [download: mp3]

The White Stripes - Elephant“Seven Nation Army”, música que abre o disco da dupla do rock alternativo americano, é realmente uma das canções que mais dignamente receberia a nomenclatura “rock” nos últimos tempos. No entanto, tirando essa e mais algumas poucas faixas, não há nada que interesse mais tanto no disco. Como se trata de uma dupla, e ninguém mais, o som produzido por eles fica reduzido ao que uma bateria e uma guitarra podem fazer, com alguns pianinhos esparos e uma ou outra coisa. Tudo bem que muita gente defenda o abandono dos ruídos eletrônicos em detrimento do retorno ao som mais básico do rock, vislumbrando nostalgicamente que a qualidade possa ser algum dia a regra e não a exceção no mundo da música. Porém, depois de ter contato com o trabalho da dupla tenho certeza que tal atitude não resultaria no efeito esperado, já que os dois barbarizam ainda mais o conceito, reduzindo o rock a apenas dois instrumentos. Tomando isso como preceito para construir toda a arquitetura melódica de um álbum não há como escapar de um infeliz empobrecimento sonora. Resultado: depois de ouvir as primeiras cinco faixas o interesse vai ficando cada vez mais reduzido, já que o som da dupla fica tão igual de uma canção para a outra, com uma sonoridade demasiadamente seca. Sinceramente, se é assim que acham que deve ser a nova “revolução” do rock eu espero que essa revolução nunca aconteça, porque ela seria a mais chata da história. Se você está cogitando a possibilidade de comprar o CD da dupla, pense nisso: baixe as faixas em mp3 e escute apenas aquilo que interessar de fato. Links para download depois da lista de faixas.

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“Billy Elliot”, de Stephen Daldry.

Billy ElliotBilly Elliot, um humilde garoto de 12 anos, orfão de mãe suicida e filho e irmão de mineiros, vive em uma pequena cidade cujo economia gira em torno, justamente, das minas de carvão. Enquanto seu irmão e seu pai ocupam-se e lutor por melhores salários e condições de trabalha organizando uma greve, Billy acaba perdendo o interesse pelo boxe, esporte que já foi praticado pelo seu pai rude e, aparentemente insensível, e apaixona-se por uma atividade numa cidade repleta de homens como o seu pai: o ballet. A instrutora percebe o talento e o enorme interesse do menino para a atividade e decide, então, treiná-lo para tentar uma vaga Academia Real Inglessa de Ballet. No entanto, Billy e sua mestre terão uma tarefa difícil pela frente: lutar contra o preconceito e a recusa da família do menino.
Billy Elliot é divertido, é bem feito, tem uma trilha sonora bacana, um roteiro simpático, boas atuações e, portanto, acaba cativando e, até mesmo, emocionando o espectador. Porém, sou obrigado a dizer que não vai além disso mesmo, pois se trata, assim, de mais um filme bonitinho de pessoas que investem em atividades não muito bem vistas e que, portanto, tem de superar diversos obstáculos. Há inúmeros filmes com o mesmo argumento. O único mérito deste filme, em vista de tantos outros com o mesmo mote, é que Billy Elliot não chega a exceder a cota do sentimentalismo barato e pieguices, armadilha fácil em filmes que tratam de temas como esse. De resto, é tão somente um filme assistível e mediano. Para uma tarde (ou noite mesmo) em que você não encontra nada para fazer e não há uma opção mais interessante, é um passatempo competente, sem contra-indicações. Mas de tão deja vu você esqueçe ele tão logo desliga a TV.

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Álbum: Chris Carmack [fotos]

Nunca me senti muito atraído por homens com “carão”, acho que vocês entendem o que eu quero dizer: são aqueles rapagões com um rosto bonito, mas que sofrem de uma certa falta de assimetria por conta de traços excessivos. Cris Carmack é um bom exemplo. Ao começar a ter contato com a série The O.C., achei o ator bonito, mas não exerceu nenhuma grande atração em mim. No entanto, na exata medida em que meu apreço pela série ia caindo, o meu carinho por seu personagem foi aumentando. Tanto foi assim que ao descobrir que seu personagem ia ser afastado da série, perdi totalmente o interesse por ela. Puxa, justamente na hora que estava achando ele um gatinho! E de fato ele é, mudei completamente de idéia: belos olhos azuis, sorriso excepcionalmente cativante – ao mesmo tempo ingênuo e maroto – uma beleza loura rara. Sim, eu sei: ele tem aquela cara de “galã americano” impossível de passar despercebida. Mas e daí? Alguem aí tem algo contra isso? Acho que não, bem pelo contrário: todo mundo acha irresistível esse tipão americano… E não é que, ao sair a procura por fotos suas na net, descobri que ele era um modelo dos mais famosos e que posou ao lado dos igualmente deliciosos gêmeos Carlson?? Hummm…fui à forra! Pois então, aì está, à pedidos: um álbum de fotos de Chris Carmack. Aproveitem!

Clique neste link para conferir o álbum.

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“Código Desconhecido”, de Michael Haneke.

Code InconnuUma talentosa atriz que não sabe exatamente como lidar com as vulnerabilidades da vida humana. Seu namorado, um fotógrafo jornalístico que é igualmente incapaz e por isso passa a maior parte do tempo afastado e em meio à uma realidade mais cruel e miserável sem, no entanto, conseguir processá-la. Seu jovem irmão, petulante e irreponsável, incapaz de enxergar algo que não seja a si próprio. Seu pai, um homem embrutecido e que não consegue romper a armadura de insensiblidade que construíu ao redor de si e, por isso, não consegue estabelecer qualquer comunicação com o filho. Uma imigrante ilegal romena que encontra na mendicância a única opção para sustentar a si e sua família, da qual vive afastada. Um jovem imigrante africano que trabalha com deficientes auditivos e tenta lutar contra o preconceito contra os estrangeiros, em vão, obviamente.
Estes são os personagens do incômodo filme Código Desconhecido: relato inacabado de várias jornadas, do diretor Michael Haneke. Incômodo sim, mas de expectação urgente: impossível ser mais atual depois da recente onde de violentos protestos organizada por imigrantes e descendentes de imigrantes franceses. Mesmo utilizando recursos e técnicas comuns no cinema de arte europeu, como tomadas longas e sem interrupções, diálogos pontuados por silêncios gritantes, cenas cuja ação transcende o campo visual do expectador, Haneke consegue prender a atenção pela lógica contrária à de qualquer filme: há momentos tão realisticamente incômodos que o expectador sente vontade de desligar a TV. Mas, sabendo tratar-se da causa desse sentimento a constatação dos fatos retratados no filme serem a mais pura realidade, ele toma coragem e continua a assistir. É uma espécie de catarse expectativa: nos sentimos obrigados a ver isso não porque achamos que vamos encontrar a solução para os problemas do mundo, estejam eles compreendidos em uma esfera mais sócio-universal (como o anti-semitismo e a miséria) ou pessoal (como a incomunicabilidade afetiva), mas para que possamos ter, ao menos, uma atitude mais compreensiva e paliativa diante de tudo. Se pensarmos apenas nas mazelas sociais que o filme mostra – e já expliquei que ele não se contenta apenas com isso – e relacionarmos com a França de hoje, podemos dizer que Haneke foi profético: “Olhem como agimos, olhem o que está acontecendo. Não há o que fazer. É sentar e esperar tudo explodir pelos ares.” Foi o que aconteceu.
A direção, precisa e inteligente o bastante para deixar a ação ser guiada pelo elenco excepcional, dá espaço para que Julitette Binoche destaque-se no elenco com uma atuação estupenda em cada detalhe mínimo. Mesmo quem não tem qualquer familiaridade com a atriz pode afimar, assistindo apenas este seu trabalho, ser ela uma das melhores atrizes do mundo – e Haneke, por consequência, fica na memória como um dos mais promissores diretores europeus.

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