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seteventos Posts

“How To Cope With Death”, de Ignacio Ferreras. [download: vídeo]

How to Cope With DeathNeste curta-metragem bem-humorado de três minutos dirigido por Ignacio Ferreras, o arauto da morte chega à residência de uma senhora, que encontra-se esparramada e adormecida em sua cadeira de balanço, para carregar a sua alma para o descanso eterno. Espreitando de modo maléfico a sua próxima vítima, a morte prepara-se para o seu ato final como uma baleia que brinca com sua presa, jogando ao ar diversas vezes antes de devorá-la. Mas, coitada, a “dona morte” não tem a mais remota do que lhe aguarda – ela nunca deve ter se deparado com uma velhinha destas que é, com o perdão do termo, “do caralho”. Assista o vídeo neste link do YouTube ou baixe utilizando este outro link.

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Versão 5.0 Beta.

seteventos.org 5.0 BetaAlém da mudança de design, que gosto de fazer mais ou menos a cada 6 meses, agora os álbuns de fotos foram agregados dentro do blog: ali em cima, no menu superior, você pode acessar o álbum utilizando a aba apropriada. Contudo, agora os usuários devem se registrar gratuitamente no blog para ganhar acesso as galerias de fotos. Não há motivos para desespero: no sistema de blogs WordPress , isso é a coisa mais simples do mundo: siga o link de registro ali na barra lateral e em poucos cliques você vai receber uma senha no seu e-mail, com a qual você poderá desfrutar da seção de fotos do blog.
Penso também em fazer uma galeria para minhas próprias fotos. Vamos ver.
Além dessa mudança estrutural, também vou tentar variar um poucos mais os temas dos textos: além de fazer as resenhas de cinema, música e vídeo de sempre no fim de semana, vou procurar publicar algo variado, que chamo de “amenidades” durante o meio da semana. Espero que eu tenha tempo suficiente para suprir esse meu desejo de escrever sobre outras coisas – até já tenho alguns textos feitos mais vou publicar apenas no meio da semana que vem.
Outra coisa a ser notada é a adição de alguns links externos ali na lateral esquerda do blog: se trata das minha contribuição nessa interminável ladainha do “social” na web 2.0. Meu Lastfm, DeviantART, Facebook e MySpace estão ali, se alguém quiser mesmo espiar tudo aquilo que eu ouço, aquilo que eu fotografo e meu mascaramento social na internet.
Gostaram? Odiaram? Falem logo! Se quiserem apenas espiar o que os outros estão dizendo aproveitem a nova funcionalidade do blog, que permite que você leia os comentários feitos nos textos sem precisar sair da página principal: é só clicar em “veja aqui mesmo o que foi dito”.
Espero que tudo de certo com o novo tema – seria muito chato voltar ao antigo por conta de problemas…Claro, lembrem que essa é uma versão beta do novo layout – qualquer coisa é só dar um grito!

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BlogDay 2007.

Blogday 2007BlogDay, o dia em que blogueiros do mundo inteiro dedicariam um post para indicar aos seus leitores blogs interessantes que curtem, foi ontem, mas concedi-me o direito de fazer esse texto com um dia de atraso – até porque a dinâmica do seteventos.org é um pouco diferente da maior parte dos blogs, com atualizações mais semanais do que diárias. Eu sei que não participei das outras edições do evento – mas antes tarde do que nunca. Então seguem aí minhas dicas, todas imperdíveis:

Pelvini– o Pelvini é um blog que vai além dos textos sobre experiências pessoais, pois o autor se propõe um desafio muito saboroso: os leitores apresentam um tema e o autor compõe um texto, de grande qualidade literária, a partir do tema proposto. O resultado são crônicas, contos e poemas breves mas deliciosos.
Cute Overload – se existe um blog no mundo onde a palavras “fofo” é a definição mais exata é este. Visitadíssimo e um dos blogs americanos mais famosos, O Cute Overload expõe toneladas – mesmo – de fotos enviadas para o seu autor em que os protagonistas são bichinhos: dos clássicos cães e gatos aos mais exóticos, como pererecas e gambás, seja em momentos caseiros como em peripécias mais épicas.
Single White Male – o blog do B., como prefere ser chamado o autor, escreve textos no estilo “drops” sobre tudo o que lhe possa interessar no momento, além de oferecer aos leitores reflexões genuínas e sinceras sobre suas experiências pessoais sem ser muito explícito – o que é o seu diferencial.
Cliptip – como diz o nome, este é um blog com dicas sobre videoclipes interessantes, geralmente sobre lançamentos bem recentes.
Daiblog – este é um bom blog apenas sobre cinema, cuidadosamente atualizado com grande frequência para tecer ótimos comentários sobre os mais recentes lançamentos.

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Marina Lima – Pierrot do Brasil. [download: mp3]

Marina Lima - Pierrot do BrasilDe certo modo ignorado, Pierrot do Brasil permanece como um dos maiores êxitos autorais recentes de Marina devido à qualidade de seus arranjos e as letras que versam, claro, sobre amor e paixão de forma aberta. “Pierrot”, bem ao modo “comissão de frente”, apresenta um resumo das faixas mais swingadas que vem pela frente: com direito a introdução que cita “Delicado” de Waldir Azevedo e epílogo com um piano solo bem boêmio, a música tem melodia moderna, com uma programação eletrônica sincopada e dançante ocupando todo o fundo da faixa enquanto uma guitarra de acordes agudos faz frente ao vocal sempre sedutor da cantora. Aliás, sedutores são os versos de “Na Minha Mão” e “Leva (Esse Samba, Esse Amor)”. Na primeira, em cuja melodia a guitarra divide-se em uma face mais sensual e aflitiva e outra mais plácida e a bateria entre uma rítmica sexy e inquisidora e outra mais reflexiva, ouvimos Marina concluir na letra que comenta sobre feridas de amor que “se todo mundo é mesmo gay, o mundo está na minha mão”. Na segunda, cujo dueto com Sérgio Britto mais atrapalha do que ajuda, escutamos ao som de um loop de constante tilintar, bateria eletrônica bem marcada e orquestração de metais adicional, versos em que a cantora questiona algúem sobre seu modo de agir e encarar o amor.
Contudo, logo o ouvinte descobre que a verdadeira beleza deste disco está escondida nas baladas “Deixa Estar”, “Uma Antiga Manhã” e “Portos e Vinhos”, confissões tocantes da cantora sobre seus insucessos afetivos e excelentes amostras da simbiose bem-acabada entre melodia e letra: a música doce da triste “Deixe Estar”, com destaque para a bela comunhão melódica entre piano e bateria, fecha com perfeição com a letra cheia de metáforas muito bem colocadas sobre amantes que sofrem com o rompimento de um amor que, apesar de tão intenso e apaixonado, não iria para frente; a bateria suave que dá o andamento de “Uma Antiga Manhã” e abre terreno para sutis frugalidades do teclado e um solo melancólico de clarinete é a parceira ideal da letra em que a cantora comenta sobre a beleza traiçoeira de um amor que já acabou; e para os versos amargurados de “Portos E Vinhos” a melodia silenciosa, com pouca coisa mais do que o ecoar de alguns excassos acordes de guitarra, teclado e piano, abre terreno para que atentemos às letras, guiadas pela interpretação sem resvalos de Marina.
Em Pierrot do Brasil a malícia orgulhosa, a petulância sensual e as segundas intenções das canções mais agitadas são o que mais agrada o ouvinte no seu primeiro contato com o álbum, mas é a sentimentalidade sincera das baladas, nas quais Marina mergulha fundo em seus próprios conflitos e dramas, que faz este disco despontar como poucos na discografia da artista – não é à toa que a própria compositora diz que o disco, na realidade, era um modo de trabalhar o eterno remoer dos amores desfeitos.
Baixe o disco utilizando o link a seguir e a senha abaixo para descompactar os arquivos.

senha: seteventos.org

http://www.gigasize.com/get.php/3195455546/lima_pierrot.zip

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“A Pequena Jerusalém”, de Karin Albou.

La Petite JérusalemJovem mulher de família judia, que reside com sua família nos subúrbios de Paris e estuda filosofia, torna sua relação já conflituosa com a religião um tanto mais problemática devido à atração por um colega de trabalho mulçumano. Sua irmã, que não consegue se entregar ao marido por temer infringir preceitos judaicos, descobre que este a traiu e tenta vencer seus pudores.
Em “A Pequena Jerusalém” temos uma abordagem um pouco diferente da dinâmica dos conflitos de personagens femininos com os preceitos religiosos sob os quais levam suas vidas, já que, ao invés de retratar a submissão inexorável de mulheres aos deveres descritos por suas crenças e pelas figuras masculinas que as rodeiam em países onde essa realidade é a norma imperativa, o longa-metragem da diretora Karin Albou trata da dinâmica destes conflitos em um espaço (sub)urbano contemporâneo de uma grande metrópole ocidental. Assim, apesar do que pregam as religiões ainda poder ser preservado na sua essência, a troca de espaço e condição social mostra que a aplicabilidade apropriada de rígidas regras de religiões meso-orientais às mulheres é complicada pelas necessidades econômicas dentro desta realidade estranha à sua crença. As aspirações contemporâneas da personagem Laura, que pretende dedicar-se muito mais ao que dita a filosofia ocidental do que aos deveres e realizações possíveis de uma mulher dentro dos ensinamentos do judaísmo ortodoxo, são a materialização maior desta abordagem.
Mas como, apesar deste traço salutar, o longa é basicamente sobre os conflitos do mundo feminino, ele torna-se consideravelmente aborrecido. É verdade que em “A Pequena Jerusalém” o maior defeito do gênero – a afirmação de que o mundo oposto, o masculino, não detém complexidade e sensibilidade – não se faz tão intenso, mas ainda assim a idéia tradicional do cinema (e da sociedade como um todo, na verdade) sobre o que é genuinamente a representação dos mais profundos conflitos femininos (o matrimônio e suas problemáticas derivadas) deixa o filme com aquele simplismo modorrento dos longas que se centram desta forma na temática – aborrece particularmente a obsessão detalhista de Albou com os dramas do sexo.
Com tudo isso, apesar da abordagem primária diferente da maioria, este longa sobre mulheres acaba cometendo a mesma falha daqueles dos quais tenta diferir – e como seus sucessos são menores do que os defeitos recorrentes à temática que escolheu abordar, sua embarcação sossobra à meia-viagem. O final do filme, felizmente, salva o longa-metragem de estréia da diretora de ser um desastre que prometia ser completo.

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“Twit-Twit”, de Fabien Dumas, Benoit Guillou, Jerome Houlier, Cecile Jestin e Baptiste Lemonnier. [download: vídeo]

Twit-TwitUm robô tocador de banjo do velho-oeste viaja por trilhos de trem com o seu pequeno vagão quando se depara com, ora vejam, um pedágio. Duro como qualquer pessoa que vive da arte, ele não tem muitos trocados para passar pela chancela e seguir em frente. Logo, no entanto, ele vai mostrar que o mundo sempre foi dos espertos e aproveitadores – mesmo no velho oeste, e mesmo que nesse velho-oeste exista robôs. Assista este simpático curta de animação neste link do YouTube ou baixe o vídeo utilizando este outro link.

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“Simpsons – O Filme”, de David Silverman. [download: filme]

The Simpsons MovieLisa Simpson, em mais uma cruzada pelo despertar da consciência humana, consegue convencer a população e os políticos de Springfield a parar de jogar lixo no lago da cidade, que já estava altamente poluído. Mas Homer, que acaba de adotar um porco como animal de estimação – despertando ciúmes em Bart -, despeja um imenso silo com os dejetos do animal no lugar, tornando a cidade a mais poluída do planeta. As autoridades americanas, então, resolvem tomar medidas drásticas para eliminar o problema que a cidade se tornou.
Matt Groening estava prometendo um filme para a sua mais bem sucedida criação, o desenho animado “Os Simpsons”, desde as primeiras temporadas, mas apenas em 2001 a idéia ganhou corpo e o início da produção foi realmente tomado como certo. O grande problema da demora, segundo Matt, era a dificuldade em encontrar uma história que rendesse um longa-metragem – inúmeras foram sugeridas e mesmo colocadas no papel, só para serem descartadas ou convertidas em episódios do seriado animado mais tarde. Porém, mesmo depois do argumento ter sido definido e durante a produção do longa-metragem, o roteiro sofreu alterações drásticas, ao ponto do criador dos personagens comentar que cerca de “dois filmes” de roteiro foram descartados – conhecendo a dinâmica e a essência do seriado e sabendo que o filme foi escrito por 11 roteiristas e 4 consultores, não há muito motivo para duvidar disto. Mas o que esperar do filme?
Quem conhece “Os Simpsons” – e alguém não conhece? -, já sabe o que certamente o aguarda: um argumento surreal e um tantinho non-sense, além de toneladas de sarcasmo corrosivo com a cultura pop e a indústria do entretenimento, com a política, com o conceito da tradicional família norte-americana e com o próprio seriado – o que faz do comentário recorrente na internet, de que “Simpsons – O Filme” não vai muito além de ser um episódio robusto e de longa-duração, proceder com o que, basicamente, acontece. Como o sucesso da série se deve justamente à estas características, isso não se configura como demérito à qualidade do longa-metragem e sim na razão primeira de assisti-lo. Contudo, a película apresenta alguns atrativos mais. Por exemplo, as referências do filme à alguns dos melhores momentos da série, como a citação ao até hoje hilário episódio em que Homer salta sobre a Garganta de Springfield, são garantia de diversão e emoção incontida para os fãs de longa-data. E por falar em emoção, o filme não se resume a ser tão somente um rolo compressor de piadas porque volta a explorar a relação entre os personagens no seu melhor, a exemplo de como era feito em suas primeiras temporadas: a relação de Bart e Homer, bem como a deste com a sua esposa Marge e toda à sua família é o que conduz a segunda parte do filme, de forma genuína e verdadeiramente tocante. Além disso tudo temos algumas sequências bem pitorescas e criativas, como a epifania de Homer em um ritual “shaman” – olha a inevitável piada com esse recurso clássico e recorrente de cinema e TV americanos -, que lembra muito o surrealismo de Salvador Dalí e tem uma pitada de M. C. Escher e também as tiradas impagáveis, como a de Mister Burns para seu assistente Skinner alguns momentos depois que se iniciam os créditos finais. Apesar da piada do filme com seu público, logo no início, afirmando que só um idiota pagaria pra ver algo que ele pode assistir na TV todas as semanas, todos já sabíamos prontamente que sim, um longa-metragem destes personagens seria mais do que apreciado: não se trata apenas de agradar ao público, mas de prestar uma homenagem à uma das criações mais geniais da indústria do entretenimento que subverteu definitivamente os conceitos sobre animação, jogando por terra a idéia de que desenhos eram coisas de criança, e tornou-se um dos ícones mais influentes na história da cultura pop e do entretenimento – bem mais do que nós, Homer, Marge, Bart, Lisa, Maggie e todos os outros habitantes de Springfield mereciam esse presente.
Baixe o filme utilizando uma das fontes a seguir.

OBS: links funcionais mas não testados.

Fonte 1:

http://rapidshare.com/files/45932140/VB-CPtScene_CPturbo.org.rmvb.001.html
http://rapidshare.com/files/45984976/VB-CPtScene_CPturbo.org.rmvb.002.html
http://rapidshare.com/files/46002447/VB-CPtScene_CPturbo.org.rmvb.003.html
http://rapidshare.com/files/46016356/VB-CPtScene_CPturbo.org.rmvb.004.html

legendas (português) [via legendas.tv – necessário registro]
http://legendas.tv/info.php?d=58297e235c9407197df18c4d5f92c8ec&c=1

Fonte 2 (legenda embutida em português):

http://www.gigasize.com/get.php/3195179753/mvs-tsm.By.Mdslino.www.theultimates.us.rmvb

OU

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Bic Runga – Beautiful Collision. [download: mp3]

Antes do tremendamente bem-sucedido Birds, seu terceiro disco, a neo-zelandesa Bic Runga já apontava o amadurecimento do seu trabalho no seu segundo lançamento, Beautiful Collision. A diferença entre os dois discos é visível, e faz todo o sentido com o polimento da musicalidade de um artista: enquanto a imensa beleza de Birds é obtida pela coesão e uniformidade da atmosfera do disco, onde todas as canções não escapam de suas reminescências no luminoso pop dos anos 70 e 80, o seu antecessor, Beautiful Collision obtém sua beleza através da uma maior pluralidade sonora. Por exemplo, “Precious Things” e “Election Night” – mesmo que esta segunda distingua-se da primeira pela energia da instrumentação no refrão, onde guitarras e bateria soltam-se da rigidez que impera no restante da melodia -, tem seu destaque na bateria de rítmica circular e constante, fazendo com que pianos de delicados toques esparsos sirvam apenas para ressaltar a beleza hipnótica do outro instrumento. Diferentemente, “The Be All And End All” – de versos que tratam de como passamos relações, cujo fim já prevemos no início, na tentativa de encontrar aquela que sonhamos ser a definitiva -, assume inspiração algo country através de seu banjo, violão, e vocais de fundo tristes e cristalinos. Porém, além da bela melodia, algumas canções destacam-se pela forma como conseguem retratar tão bem contratempos comuns de nossa vida amorosa: “Listening For The Weather” – onde gaita, bateria, teclados e orquestrações carregam o ouvinte para uma melodia pop deliciosa no melhor estilo “allegro ma non troppo” -, ilustra com perfeição de detalhes a dinâmica problemática de uma relação à longa distância e em “Counting The Days” – cuja melodia do piano, bateria, guitarra, baixo, banjo, clarineta e vocal compõe um conjunto sem qualquer traço de falha – alguém confessa que a rotina e os afazeres lhe afastam tanto de seu companheiro que apenas uma hora do dia ao seu lado já faria diferença.
Como se tudo isso já não fosse o bastante, ainda temos as faixas “She Left On A Monday”, “When I See You Smile” e “Gravity”, exemplos da já conhecida habilidade matadora de Bic Runga em compor um conjunto de melodia simples e versos que se encaixam em um perfeito todo poético. Na primeira, “She Left On A Monday”, vemos o conjunto violão, baixo, bateria, guitarra e piano trabalhando delicadamente para que Bic possa falar para um homem, cuja amada abandonou-lhe uma vez mais, que deve engolir seu orgulho e trazê-la novamente para si, pois nada mais tem sentido sem ela. “When I See You Smile”, é ainda mais sintética em sua melodia breve, composta apenas de violão e vocal estarrecedoramente suave, tudo para emoldurar os versos onde uma mulher reflete sobre a pureza de seu amor toda vez que contempla o sorriso de seu companheiro ao acordar pela manhã. E “Gravity”, última faixa do disco é, em sua totalidade, inacreditavelmente linda: Bic entoa os versos, que falam sobre como o mundo muda e silencia quando estamos ao lado de quem amamos, com uma tristeza e sensibilidade que casa de maneira incomparável com a melodia estupidamente bela do piano, baixo, guitarra e bateria – uma fusão de perfeição rara. Assim como o rosto de Bic, que une delicadeza em traços firmes e expressivos, Beautiful Collision é uma coleção de canções de musicalidade doce envolvendo letras de emoções plenas – uma colisão da qual não se poderia esperar outra coisa senão profunda beleza.

Ouça:

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“Dim”, de Marek Skrobecki. [download: vídeo]

DimÉ da Polônia que vem este curta-metragem de temática existencialista do diretor Marek Skrobecki. A primeira coisa que chama a atenção é o fato de que os protagonistas do vídeo, apesar de sua enorme semelhança com humanos, são na verdade fantoches em proporções humanas reais – algo que deve exigir muito na composição das sequências quadro-a-quadro. O argumento do filme, bem como a trilha sonora, tem aquele caráter inconfundível de tristeza e emoção que os poloneses costumam saber explorar tão bem: um casal, imerso em uma vida anestésica que é feita apenas da repetição interminável de afazeres monótonos, só consegue encontrar sentido em suas vidas na visita diária que recebe através da janela de seu apartamento humilde – mas a eternidade não existe e a constância sempre encontra um fim.
Assista o curta via YouTube, neste link, ou baixe o vídeo utilizando este outro link.

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“Over Time”, de Oury Atlan, Thibaut Berland e Damien Ferrié. [download: vídeo]

Over TimeUma homenagem ao criador dos adoráveis fantoches conhecidos como “Muppets” – o americano Jim Henson -, “Over Time” traz dezenas de bonecos que lembram o seu mais famoso personagem, o sapo Kermit – aqui no Brasil conhecido como “Caco” – tentando superar a morte de seu criador. E, pela falta de entendimento sobre o acontecido – ou simplesmente por não aceitarem sua morte -, acabam o tratando como um fantoche, tentando dar-lhe vida novamente. No entanto, logo eles compreendem que a natureza de seu criador não é a mesma da que eles são feitos e, assim, finalmente se despedem dele. Os diretores Oury Atlan, Thibaut Berland e Damien Ferrié mostram-se donos de uma sensibilidade absurda na caracterização dos personagens, composição da pequena história e escolha de trilha sonora pra lá de impecável – é de chorar de tão bom. Não hesite e assista logo neste link, via YouTube, ou baixe – recomendadíssimo – através deste outro link.

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